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terça-feira, maio 31, 2011

Os professores estão certos; os médicos? Não – Parte II

Do Paraíba Hoje

O pior é que os médicos, com menos simpatia por parte da população e para mostrar que o governo é intransigente, pegaram carona oportunamente na agonia dos professores. Esses sim merecem outra postura por parte da atual gestão.

Como dissemos, você pode até discordar de uma lei. Mas tem que cumpri-la enquanto ela estiver em vigor.

Já condenado à morte, o filósofo Sócrates passou um mês jogado numa prisão. Durante todo esse tempo, seus amigos ofereceram diversas oportunidades de fuga. Ele recusou a todas. Dizia que fugir apenas ajudaria a comprovar as acusações injustas que lhe pesavam. Discordava da lei, mas queria cumpri-la, pois só assim poderia dizer que era um homem correto e com legitimidade pra criticá-la.

Quanto ao Piso Nacional, o governo deveria cumprir a danada da lei pelo pé. Pra acabar com essa choradeira sem tamanho. Já que vai assegurar com garantia de bolsa desempenho, pó de giz e os cambaus, garantiria direto no vencimento básico.

Ou então, diante da real impossibilidade de fazê-lo, o governador Ricardo Coutinho teria que dar um drible no comando do movimento grevista, que tem sempre um viés político, pra dialogar com a imensa massa de professores heróicos do nosso Estado. Ora, se parte do movimento é radical, a outra parte, a maioria, é formada por gente sensata e trabalhadora.

È preciso ganhar a simpatia dessa parte da categoria e não, por desentendimento com o segmento mais radical, criar fissuras em toda a classe. Porque o que se viu hoje no Palácio da Redenção foi o joio se misturar com o trigo. Quem queria fazer política acabou tendo apoio de quem não quer fazer.

O governo tem a obrigação de separar o que presta do que não presta. E os prestadores de serviço que trabalham desde fevereiro e não puderam aderir a greve por não ter vínculo empregatício com o estado, foram ameaçados perder o emprego, se aderisse a greve, e no entanto não receberam nenhum centavo? Ninguém é obrigado a trabalhar de graça, muito menos para o Estado, não estamos no período da escravaturan e as pessoas precisam de seus salarios em dia para poder pagar os credores.

 

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