Do UOL Notícias*
Em São Paulo
Soldados israelenses abriram fogo neste domingo contra grupos de manifestantes palestinos em postos fronteiriços com a faixa de Gaza, Síria e Líbano segundo relatos de testemunhas. Os palestinos protestam por ocasião do Dia da Nakba (Catástrofe), celebrado hoje. A data marca o dia da criação do Estado de Israel, em 1948.
Protestos marcam o Dia da Nakba (Catástrofe)
Foto 10 de 17 - Palestino ferido é carregado por companheiros depois de ser atingido por um tiro por tropas israeleneses, durante uma manifestação perto de Erez, na fronteira entre Israel e a faixa de Gaza, para relembrar o Dia da "Nakba" (Catástrofe), data da criação do Estado de Israel, em 1948 Mahmud Hams/AFP
O Exército israelense alega ter dado tiros de advertência contra os manifestantes que tentavam cruzar a fronteira com a Síria nas Colinas do Golã e classificaram de “muito grave” a entrada de palestinos em território dominado por Israel.
"É um ato muito grave e violento que ameaça a segurança dos habitantes de Israel e que viola seu território", declarou à AFP a coronel Avital Leibotitz, porta-voz do Exército, justificando que os soldados feriram alguns manifestantes para impedir sua entrada em território israelense.
De acordo com as informações da agência de notícias da Síria, Sana, cerca de 60 pessoas ficaram feridas nos confrontos em Golã.
Segundo Ali Kanan'an, diretor do hospital Mártir Mamdouh Abaza, em Quneitra, na Síria, 60 pessoas deram entrada no hospital, 20 com ferimentos a bala e outras 40 intoxicadasdevido às bombas de gás lacrimogêneo lançadas pelos soldados israelenses.
"Milhares de manifestantes do lado sírio atacaram em particular com pedras nossos soldados do outro lado e dezenas de outros entraram em Israel", acrescentou a porta-voz do Exército.
As forças de segurança de Israel também dispararam contra um grupo de palestinos que se aproximavam de um posto de controle de fronteira na faixa de Gaza, deixando 15 feridos, segundo os primeiros relatos, e entraram em confronto com palestinos na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.
As Forças de paz das Nações Unidas no sul do Líbano, onde entre 300 e 400 mil palestinos vivem como refugiados, pediram que as partes envolvidas em um tiroteio na fronteira Líbano-Israel imponham restrição máxima para evitar novas mortes.
Uma porta-voz da ONU já teria sido enviado ao local para entrar em contato com o exército do Líbano e com os militares de Israel e encerrar a violência contra os palestinos.
*Com informações da EFE, AFP e BBC
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