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segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Especialista em terror afirma: “A Fox News está literalmente trabalhando para o ISIS”



A rede foi criticada por hospedar vídeo sem censura de execução do piloto jordaniano

Após a Fox News se tornar a única grande emissora a transmitir o vídeo completo sem censura do piloto jordaniano sendo queimado até a morte, o especialista em terror Malcolm Nance acusou a rede de "literalmente trabalhar para o ISIS".

O vídeo, que mostra a execução cinematográfica arrepiante e brutal de Muadh al-Kasasbeh, não foi transmitido por qualquer outra rede e as cópias do mesmo carregados para o YouTube e outros sites de compartilhamento de vídeos foram deletadas quase que instantaneamente.

No entanto, a Fox News está hospedando o vídeo completo de 22 minutos em seu site com as palavras acima, "alerta, vídeo extremamente forte".

"[Fox News] está literalmente - literalmente - trabalhando para a al-Qaeda e braço da mídia do ISIS", disse Nance, o diretor executivo do grupo de pesquisa do Terror Asymmetrics Project on Strategy, Tactics and Radical Ideology, ao The Guardian.

"Eles são uma organização terrorista. Eles procuram atingir o terror nos corações e mentes das pessoas em todo o mundo, e, pela perpetuação desses vídeos e colocando-os lá fora, na internet, certamente ampliam a audiência e os potenciais efeitos", acrescentou ele, acusando a Fox News de promover o ISIS como uma "plataforma".

"Eles poderiam muito bem começar a enviar a eles cheques de royalties", brincou Nance.

É interessante notar que a cobertura da mídia das execuções do ISIS tinha sido reduzida significativamente antes de queimarem o piloto da Jordânia, com uma sensação de "fadiga de decapitação" insinuado na cobertura da imprensa.

"Queimá-lo vivo também seria algo novo que poderia atrair mais cobertura da mídia, o qual é o objetivo de muitos ataques terroristas", disse James Phillips, pesquisador sênior de assuntos do Oriente Médio na Heritage Foundation.

Parece muito provável que o sofisticado braço de mídia do ISIS viu o novo método brutal de execução como forma de recuperar a atenção da mídia ocidental - apesar do fato de que queimar pessoas é especificamente proibida pelo Islã.

Dada a controvérsia em torno da decisão da Fox News de hospedar o vídeo, também é interessante lembrar o aviso da polícia britânica do ano passado que as pessoas que apenas assistirem os vídeos de propaganda do ISIS, por qualquer razão, poderiam enfrentar prisão sob as leis anti-terroristas.

Fontes:
- 
Infowars: TERROR EXPERT: FOX NEWS IS “LITERALLY WORKING FOR ISIS”
- The Guardian: Fox News website embeds unedited Isis video showing brutal murder of Jordanian pilot
- Daily Signal: Why ISIS Burned Jordanian Pilot Alive
- Infowars: HOW ‘ISLAMIC’ IS THE ISLAMIC STATE?
- 
Standard: Scotland Yard warns people could be arrested under anti-terror laws for viewing footage of the killing of US journalist James Foley

quinta-feira, fevereiro 05, 2015

PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃO: Estado Islâmico VENDE, CRUCIFICA e ENTERRA crianças vivas no Iraque

Crianças da minoria Yazidi, fugidas da violência na cidade iraquiana de Sinjar oeste de Mosul, refugiam-se na província de Dohuk, no Iraque

A cada dia surgem novas informações sobre o vasto leque de atrocidades cometidas pelos terroristas do Estado Islâmico. Nesta quarta-feira, a ONU denunciou mais barbáries contra crianças iraquianas sequestradas: elas são vendidas em mercados como escravas sexuais e muitas são mortas, crucificadas ou enterradas vivas, segundo o Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança.

Meninos iraquianos menores de 18 anos estão cada vez mais sendo usados pelos jihadistas em ataques suicidas, como fabricantes de explosivos, informantes ou escudos humanos para proteger instalações contra ataques aéreos.

A agência da ONU denunciou "a matança sistemática de crianças pertencentes a minorias religiosas e étnicas cometida pelo assim chamado Estado Islâmico, incluindo vários casos de execuções coletivas de meninos, assim como relatos de crianças decapitadas, crucificadas e enterradas vivas".

"Estamos profundamente preocupados com a tortura e o assassinato destas crianças, especialmente daquelas que pertencem a minorias, mas não só das minorias", disse Renate Winter, especialista do comitê, em boletim à imprensa. "A abrangência do problema é enorme”.

Crianças da minoria yazidi ou de comunidades cristãs, e também xiitas e sunitas, têm sido vítimas da selvageria do EI. "Temos tido relatos de crianças, especialmente crianças com problemas mentais, que foram usadas como homens-bomba, muito provavelmente sem sequer entender a situação", declarou a especialista à agência de notícias Reuters. "Foi publicado um vídeo [na Internet] que mostrava crianças de muito pouca idade, aproximadamente 8 anos ou mais novas, já sendo treinadas para serem soldados."

Um grande número de crianças foi morto ou ficou seriamente ferido durante ataques aéreos ou bombardeios das forças de seguranças iraquianas, e outras morreram de "desidratação, inanição e calor", acrescentou o comitê. Além disso, o Estado Islâmico cometeu "violência sexual sistemática". "Crianças de minorias têm sido capturadas em vários lugares... vendidas no mercado com etiquetas, etiquetas de preço nelas”, disse Renate Winter.

Um relatório elaborado por dezoito especialistas independentes pede às autoridades iraquianas que adotem todas as medidas necessárias para "resgatar as crianças" sob controle do grupo terrorista e processar os criminosos.

Queimado vivo – O Estado Islâmico divulgou nesta terça-feira um novo vídeo macabro mostrando o piloto jordaniano Moaz Kesasbeh sendo queimado vivo dentro de uma jaula. Ele foi levado pelos terroristas no final de dezembro, depois que o avião que pilotava caiu na região de Raqqa, na Síria. Antes do piloto, os jihadistas haviam decapitado vários reféns, incluindo dois japoneses executados em janeiro.

Via: http://veja.abril.com.br/

quarta-feira, fevereiro 04, 2015

Estado Islâmico divulga vídeo de piloto jordaniano queimado vivo



Mesmo decapitando cristãos, mutilando genitais de mulheres, e queimando estrangeiros, o Sr. Papa socialista Francisco disse que o Islã é a "religião de paz"...

Negociações entre governo da Jordânia e extremistas não evitaram a morte de Moaz al-Kassabeh. Autenticidade das imagens ainda será confirmada

O Estado Islâmico (EI) divulgou, nesta terça-feira (3), vídeo que registraria o assassinato de Moaz al-Kassabeh, piloto jordaniano que estava sob a posse do grupo terrorista. A veracidade das imagens ainda não foi confirmada pelas autoridades.

Fonte: Livertar.in

Sem correção da tabela, contribuintes estão pagando mais IR do que devem

Os contribuintes estão pagando mais Imposto de Renda do que devem. Há dois motivos para isso: nos últimos anos, a tabela de desconto na fonte vem sendo corrigida por índices abaixo da inflação; neste ano, especificamente, a tabela ainda não foi corrigida.

A falta de correção da tabela ocorreu porque em agosto do ano passado a medida provisória nº 644, que corrigia os valores em 4,5%, perdeu validade por decurso de prazo.

No final do ano, o Congresso aprovou a correção da tabela em 6,5%, mas a presidente Dilma Rousseff vetou o reajuste no início deste ano sob o argumento de que "a medida traria perda de R$ 7 bilhões aos cofres da Receita".

O governo prometeu que vai enviar uma nova MP ao Congresso corrigindo a tabela em 4,5% (centro da meta de inflação). Se isso ocorrer, o limite de isenção subirá dos atuais R$ 1.787,77 para R$ 1.868,22.

Enquanto a correção não é feita, os contribuintes estão pagando mais, num verdadeiro confisco tributário. "Corrigir a tabela abaixo da inflação é uma forma de aumentar a carga tributária das pessoas físicas", diz o advogado César Moreno, do escritório Braga & Moreno Consultores e Advogados.

Estudo feito pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) mostra que a defasagem na correção da tabela está em 64,3% nos últimos 19 anos (entre 1996 e 2014, a tabela foi corrigida em 98,6%, enquanto o IPCA, o índice oficial de inflação no país, subiu 226,3%). Para zerar essa defasagem, o limite de isenção teria de ser de R$ 2.937,30.

Mas não é apenas a falta de correção da tabela que leva os contribuintes a pagar mais do que devem.

Segundo Moreno, outra forma consiste em manter baixos os limites das despesas dedutíveis da base de cálculo do IR, mais especificamente das despesas com educação e com dependentes.

"Os limites anuais de dedução dos gastos com educação e dependentes [R$ 3.375,83 e R$ 2.156,52, respectivamente] são absolutamente incompatíveis com os valores praticados na vida real. E o efeito disso é muito simples: mais imposto a pagar", diz Moreno.

Dessa forma, "ainda que o contribuinte gaste -e certamente gasta- mais com educação e dependentes, não poderá deduzir da base de cálculo além dos limites estabelecidos", diz o advogado.

Um exemplo: um contribuinte que estude em escola particular, ou que tenha filhos estudando, gasta pelos menos R$ 20 mil por ano (para cada um). Resultado: esse contribuinte deveria poder abater os R$ 20 mil (por pessoa), mas a legislação só permite a dedução de R$ 3.375,83. Assim, R$ 16.624,17 (para cada um) não deveriam ser tributados. Como são, esse contribuinte paga mais do que deveria.

NOVA TABELA

Se o governo decidir corrigir a tabela nos próximos meses, mas não adotar efeito retroativo (ou seja, se a tabela não valer desde janeiro deste ano), o imposto pago a mais nos meses em que não houver a correção não será devolvido aos contribuintes.

Essa "devolução" poderia ser feita de duas formas. A primeira, com as empresas compensando o que foi retido a mais na fonte nos meses em que não houve a correção (o valor a mais seria descontado dos pagamentos futuros). A segunda, na declaração do IR a ser entregue em 2016. Nesse caso, a tabela anual teria de ser feita considerando 12 meses com o novo limite de isenção.

Em números, o limite de isenção seria, por exemplo, 12 vezes R$ 1.868,22 (ou R$ 22.418,64). Supondo que a tabela para 2015 seja corrigida apenas para nove meses do ano, teríamos R$ 16.813,98 (nove vezes R$ 1.868,22) mais R$ 5.363,31 (três vezes R$ 1.787,77), o que resultaria em R$ 22.177,29.

Fonte: Jornal Piracicaba

Para passar, 1º lugar da UFRGS em medicina eliminou Facebook e WhatsApp

Acorda cedo, vai para o cursinho, almoça, participa de aulas especiais para quem quer prestar medicina, vai para casa, continua estudando, janta, dá mais uma lida na matéria, toma banho e dorme.

Essa foi a rotina diária de Bruna Sollitto, por quatro anos, para finalmente conseguir, neste ano, passar em medicina em uma universidade pública.

Para se classificar em 1º lugar na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), ela deixou de lado baladas, amigos, namoro, filmes e shows de rock. Adeus, Facebook e WhatsApp.

Para não entrar em colapso diante de uma carga tão intensa de estudos, a jovem de 21 anos buscou refúgio em um hobby antigo, o desenho. Nos poucos momentos de descanso, pegava um pedaço de papel e um lápis para rascunhar rostos e personagens.

"Gosto de desenhar. Sempre dava um tempinho. O desenho foi minha válvula de escape", afirmou a estudante que vive com os pais na Vila Mascote, zona sul de São Paulo.

Escola particular

Bruna fez a educação básica em escolas particulares em São Paulo. Quando terminou o ensino médio, encarou quatro anos de preparatório para o vestibular. Foram dois anos no Objetivo e os dois últimos no Poliedro.

Após quatro anos de cursinho e uma rotina de 14 horas de estudos todos os dias, incluindo sábados e domingos, Bruna sente que conseguiu cumprir seu dever. Mesmo assim, se surpreendeu com a primeira colocação na UFRGS que utiliza a nota do Enem pelo Sisu como processo seletivo.

"Foi uma surpresa. Não pensei que eu fosse passar em primeiro lugar. Eu sabia que tinha feito um bom Enem, mas medicina é medicina, né?", contou.

Bruna já havia passado no curso desejado em uma universidade pública antes. No começo de 2014, foi aprovada na UFF (Universidade Federal Fluminense). No entanto, achou que não se adaptaria ao Rio de Janeiro e, por isso, insistiu em mais um ano de cursinho.

A estudante admite estar bastante apreensiva quanto a morar em Porto Alegre. Ela sempre viveu em São Paulo, com os pais. Além disso, vai visitar o Rio Grande do Sul pela primeira vez nesta semana, justamente no período de matrícula.

"Certamente, vou ter uma vida diferente da que eu levo em São Paulo. Porto Alegre é uma capital de Estado, mas parece ser um lugar mais tranquilo do que onde eu vivo", afirmou. "Vou ficar bem longe da minha família e ainda tenho de ver onde eu vou morar. É preocupante, não conheço a cidade. Não sei se vou me adaptar. Na teoria tudo parece ser legal, mas a prática é bem mais complicada."

Moda

A jovem paulistana já chegou a cursar um semestre de faculdade. O curso escolhido na ocasião, porém, não tem absolutamente nada a ver com medicina. Após dois anos de cursinho e, cansada de tentar ser médica, Bruna se matriculou em moda.

Não deu certo. Apesar de adorar desenhar, o curso não tinha sua cara, segundo ela. Medicina era uma paixão mais antiga e muito mais arrebatadora. A estudante abandonou a faculdade, trocou de cursinho e focou no sonho.

Mesmo distante mais de 1.100 km de seus pais – que sempre estiveram no quarto ao lado -, em uma cidade nova, ao lado de pessoas que nunca viu antes na vida, Bruna diz ter certeza de que vai gostar do curso. Quer dizer, quase: "Não tenho medo de não gostar de medicina. Acho difícil que isso aconteça... mas a gente nunca sabe, né?".

Fonte: Uol

Brasileiro na fila da morte 'criou mundo próprio e acha que não será executado'

A família do paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, que aguarda sua execução na Indonésia por tráfico de drogas, tentará a transferência dele para um hospital psiquiátrico após o diagnóstico de esquizofrenia, o que poderia adiar o cumprimento da sentença.

Gularte, de 42 anos, está preso desde julho de 2004, após tentar entrar na Indonésia com 6 kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte no ano seguinte.

Seus dois pedidos de clemência foram negados pelo presidente e, segundo a imprensa local, sua execução poderia ser realizada neste mês.

Uma prima de Rodrigo, Angelita Muxfeldt, está na Indonésia e disse que o brasileiro "criou um mundo paralelo".

"Ele está num quadro de paranoia. Ele criou um outro mundo, que tudo isso que está acontecendo não é verdade, que ele não vai ser executado. Ele não consegue entender essa realidade", disse Angelita à BBC Brasil por telefone.

"Ele não reclama de nada. Inclusive, quando a gente falou que queria tirá-lo para um hospital, ele disse que não. Ele diz que não tem que ir para o hospital. Que é perigoso ir para o hospital, que lá dentro ele está seguro".

A confirmação do quadro de esquizofrenia poderia adiar a execução do brasileiro, já que, segundo o advogado de Gularte, a lei proíbe a morte de um prisioneiro que não esteja em plenas condições mentais, disse um funcionário da embaixada brasileira em Jacarta.

Uma psiquiatra examinou Gularte na prisão e recomendou sua internação, disse o funcionário brasileiro.

A embaixada apresentou um pedido de transferência ao procurador-geral e outro médico deverá examinar o brasileiro para estabelecer um laudo, o que deverá ocorrer na próxima semana.

Gularte já teria tentado suicídio uma vez, em 2006, disse a prima.

Segundo a imprensa local, o nome dele está na lista de réus que deverão ser executados ainda neste mês, mas a embaixada brasileira disse não ter sido informada oficialmente. A execução na Indonésia é por fuzilamento.

'Fechando a aura'

Angelita esteve com Gularte na terça-feira e disse que ele está sozinho numa cela, "magro, mas bem".

"Ele usa um boné virado para trás, que ele não tira de jeito nenhum. Ele diz que está fechando chakras da aura para protegê-lo... Tenho visto que ele não tem trocado de roupas. Eu levei roupas para ele e ele não troca. É da doença", disse.

"Ele nega o problema. Na última vez que estive lá, eu levei uma cópia da primeira página do "Jakarta Post" onde o nome dele está na lista. Eu acredito e senti que pode ser que ele tenha pensado mais que isso pode ser verdade."

O jornal citou uma autoridade local dizendo que eles "estão prontos" para as execuções, e que é "só uma questão de apertar o botão".

No mês passado, outro brasileiro condenado à morte por tráfico de drogas na Indonésia - o carioca Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos - foi executado com outros cinco prisioneiros, apesar do pedido por clemência feito pela presidente Dilma Rousseff.

O presidente indonésio, Joko Widodo, se elegeu no ano passado após prometer rigor no combate ao crime e que negaria pedidos de clemência.

O grupo Anistia Internacional tem pedido que as iminentes execuções sejam canceladas e que este tipo de punição seja abolido.

"Crimes devem ser punidos, entretanto não há qualquer evidência de que a pena de morte desencoraje ou seja mais efetiva na repressão à criminalidade", disse Maurício Santoro, assessor de direitos humanos da Anistia Internacional no Brasil, em comunicado.

"A pena de morte transforma a justiça em vingança e o Estado em algoz. É inadmissível em qualquer circunstância, seja qual for o crime cometido", disse.

Fonte: Uol

terça-feira, fevereiro 03, 2015

Crise Hídrica no Brasil: Águas nos reservatórios do Sudeste podem gerar energia por um mês

A água disponível nos reservatórios das hidrelétricas da região sudeste, considerada a caixa-d'água do sistema, é suficiente para a geração de energia por um mês. É o que calcula o diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa.

Pinguelli enviou na semana passada uma carta ao ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, alertando para a situação e pedindo a adoção de medidas para racionalizar o consumo no país.

O diretor terá uma audiência no ministério na próxima segunda-feira (9).

Em seminário "A crise hídrica e a geração de energia elétrica", promovido na tarde desta segunda pela Coppe, no Rio, Pinguelli afirmou que "já passou da hora de se adotarem medidas para redução do consumo".

Além de uma conta muito mais alta para quem consome muito, Pinguelli sugeriu, por exemplo, que se crie um mecanismo para regular a temperatura em que operam os ar-condicionados de grandes centros comerciais, com shoppings e hotéis, e também de repartições públicas.

"A medida imediata é economizar. Já passou da hora de o governo atuar na demanda. Chamar isso de racionamento é uma decisão política", disse ele que não defende por enquanto cortes de energias deliberados.

O cálculo apresentado foi feito com base em estudo do engenheiro Roberto de Araújo, diretor do instituto Ilumina, que acompanha o setor de energia. Araújo dividiu a carga, que é a demanda por energia, pelo quanto os reservatórios conseguem gerar no nível em que estão.

Araújo também acredita que as medidas que o governo venha a fazer na parte da demanda estão atrasadas. Ele defendeu a desoneração de impostos para as lâmpadas de LED, por exemplo.

Ele afirmou que há distorções que precisam ser corrigidas até para que as pessoas contribuam melhor com o sistema.

"Se a pessoa tem um painel solar no teto de casa e consome menos do que ele gerou no mês, ela ganha um crédito na distribuidora. Quando ela vai usar esse crédito, ela paga ICMS por isso. Não faz sentido pagar imposto sobre uma energia que ela mesma produziu", disse.

O presidente da consultoria PSR, Mário Veiga, defendeu uma revisão do preço da energia que é cobrado da indústria e do comércio.

Esses dois setores têm uma energia mais cara à noite, no antigo horário de pico, entre 18h e 21h.

Uma parte desses setores, a fim de driblar o alto preço, passou a utilizar geradores.

Segundo cálculo da PSR, em todo o Brasil são 9 mil MW que deixam de ser consumidos no antigo horário de pico.

Veiga sugeriu a instituição de uma tarifa mais cara no novo horário de pico, atualmente entre 14h e 16h, e negociar com quem liga o gerador a noite que passe a fazê-lo à tarde. Dessa forma, 9 mil MW poderão ser economizados no horário de maior consumo.

"A única coisa que pode fazer a diferença para chegarmos no final do ano com uma situação menos apertada é a adoção já de medidas do lado do consumo", disse Veiga.

Fonte: Folha Uol