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quinta-feira, novembro 27, 2014

Um muro invisível contra radiação

Um campo de força invisível e impenetrável, a cerca de 11 mil km da superfície da Terra, protege nosso planeta de doses letais de radiação. A descoberta surpreendente e até agora inexplicada foi feita por uma dupla de satélites da Nasa e reportada na edição de hoje da revista científica britânica “Nature”.

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Misteriosa barreira entre dois cinturões de radiação protege a Terra de partículas nocivas!

Lançadas em 2012, as Van Allen Probes tinham por principal objetivo estudar os chamados cinturões de Van Allen, dois anéis de radiação concentrada produzidos pela interação do campo magnético da Terra com a torrente de partículas carregadas emanada constantemente do Sol.

Os cinturões, aliás, foram a primeira descoberta da era espacial, feita em 1958 pelo cientista americano James Van Allen, da Universidade de Iowa, com dados colhidos pelo primeiro satélite ianque, o Explorer-1. A ambição original do pesquisador era estudar raios cósmicos, mas o satélite acabou fazendo a detecção de uma concentração anormal de partículas.

Originalmente foram detectados dois cinturões: um mais baixo, entre 60 e 10 mil km de altitude, concentra prótons de alta energia, e outro mais distante, entre 13,5 mil e 57,6 mil km de altitude, agrupa elétrons de alta energia.

A nova surpresa só foi possível agora, graças aos instrumentos mais sofisticados já usados para explorar o ambiente dos cinturões. Os cientistas liderados por Dan Baker, ex-aluno do próprio Van Allen e pesquisador da Universidade do Colorado em Boulder, perceberam que todos os elétrons com os níveis mais altos de energia, que viajam em velocidades próximas à da luz, eram barrados um pouco acima do primeiro dos cinturões. Nenhum deles conseguia passar a barreira dos 11 mil km.

Ainda bem para nós, pois essa seria uma radiação nociva, se chegasse à superfície da Terra. Mas a surpresa é que o bloqueio abrupto observado contraria a expectativa original dos pesquisadres. Eles imaginavam que esses elétrons fossem detidos gradualmente pela atmosfera terrestre, conforme aconteciam colisões entre eles e as moléculas de ar. Uma barreira distinta a 11 mil km é totalmente incompatível com essa premissa.

“É quase como se esses elétrons estivessem trombando com uma parede de vidro no espaço”, disse Baker, em nota. “É um fenômeno extremamente intrigante.”

MISTÉRIO
Os cientistas ainda não têm uma explicação clara do que daria origem à barreira, mas o campo magnético da Terra parece não ter nada a ver com isso. Para descartar essa hipótese, eles estudaram com especial atenção o comportamento dos elétrons sobre o Atlântico Sul. Por alguma razão pouco compreendida, o campo magnético do planeta é mais fraco naquela região — tanto que os cinturões de Van Allen chegam um pouco mais perto da superfície por ali. Se a barreira invisível fosse causada pelo magnetismo terrestre, seria natural que os elétrons conseguissem maior penetração por ali. Mas não. Mesmo naquele ponto o fim da linha é ao redor dos 11 mil km.

Por enquanto, a melhor ideia com que Baker e seus colegas conseguiram se sair é a de que as poucas moléculas gasosas presentes àquela altitude formam um gás ionizado chamado de plasmasfera, que por sua vez emite ondas eletromagnéticas de baixa frequência. Seriam elas as responsáveis por rebater os elétrons altamente energéticos.

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Concepção artística de uma das Van Allen Probes, lançadas em 2012.

Como testar a hipótese? O segredo é continuar monitorando os cinturões, em busca de novas pistas do mistério. E é exatamente o que as Van Allen Probes vão fazer. Uma das descobertas já realizadas pelos satélites é que, durante momentos de grande atividade solar, os dois cinturões se desdobram em três. Recentemente, os pesquisadores envolvidos com a sonda desenvolveram software para apresentar as condições daquela região do espaço praticamente em tempo real, o que facilita o acompanhamento dinâmico dos cinturões.

A compreensão desses fenômenos é fundamental para proteger nossos satélites em órbita, que podem ser danificados pela radiação concentrada dos cinturões. E também é importante para garantir a saúde dos astronautas que porventura viajem além da órbita terrestre baixa. Os tripulantes das missões Apollo, que visitaram as imediações da Lua entre 1968 e 1972, tiveram de atravessar os cinturões.

Como a travessia foi feita rapidamente, em cerca de 30 minutos, isso não afetou de forma adversa os intrépidos viajantes espaciais. Um fenômeno curioso, contudo, é que muitos deles reportaram a visualização de flashes luminosos durante a travessia. E eles viam isso até quando estavam com os olhos fechados. As tais “visões” eram resultado de partículas energéticas do cinturão colidindo diretamente em células da retina.

NA TV: Neste sábado (29), na GloboNews, o Mensageiro Sideral irá contar a história da próxima espaçonave americana destinada a levar astronautas além da órbita terrestre. O primeiro lançamento de teste da cápsula Órion acontecerá no fim da semana que vem, num voo sem tripulação. E um dos objetivos da missão será justamente avaliar o impacto do mais interno dos cinturões de Van Allen sobre o ambiente no interior do veículo. Tudo isso e muito mais, neste sábado, a partir das 22h, no “Jornal das 10″ da GloboNews!

Folha Uol / Por Salvador Nogueira

quarta-feira, outubro 08, 2014

Dez dicas para não ter problemas ao pedir a aposentadoria do INSS

Ao longo da sua carreira, o trabalhador pode tomar algumas providências para facilitar a concessão da aposentadoria pelo INSS. Clique nas imagens acima e confira dez dicas do coordenador dos cursos de pós-graduação em Direito Previdenciário do Damásio Educacional, Theodoro Vicente Agostinho Arte/UOL

Depois de vários anos de trabalho duro, nada mais justo do que se aposentar. Para não problemas na hora de requerer a aposentadoria no INSS, no entanto, é preciso tomar alguns cuidados durante a vida profissional, para facilitar que a aposentadoria seja concedida sem problemas.

Confira, a seguir, dez dicas do coordenador dos cursos de pós-graduação em Direito Previdenciário do Damásio Educacional, Theodoro Vicente Agostinho, para o trabalhador se aposentar com tranquilidade.

1. Verifique suas contribuições - Peça o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) ao INSS, para ver se as contribuições estão sendo repassadas pela empresa ao INSS. A dica do advogado é conferir o CNIS a cada ano e guardar esse documento. É necessário agendar o primeiro atendimento no site do INSS ou pelo telefone 135. Após a primeira verificação do CNIS, o INSS irá fornecer uma senha para consulte o extrato sempre que quiser. Correntistas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal conseguem consultar o CNIS por meio de seus bancos.

2. Confira se os dados do CNIS estão corretos - Se a pessoa teve vários vínculos empregatícios, é preciso verificar se constam no documento, se o valor que recebe de salário está correto. "É mais comum do que se imagina que uma pessoa tenha trabalhado 10 anos em uma empresa e quando vai se aposentar descobre que a empresa não repassou as contribuições ao INSS."

3. Guarde as carteiras de trabalho em bom estado de conservação - É por meio da carteira de trabalho que o INSS irá verificar os vínculos empregatícios. Além disso, o advogado aconselha que o trabalhador guarde ao menos um holerite por semestre, a fim de comprovar o salário recebido.

4. Guarde o PPP (Perfil Profissiográfico Profissional) - Trabalhadores que terão direito à aposentadoria especial por terem em algum momento atuado em serviços desgastantes, exaustivos ou prejudiciais à saúde devem apresentar o laudo do PPP na hora de solicitar a aposentadoria. Sem ele, o trabalhador não consegue a concessão desse benefício. A empresa deve fornecer esse documento quando o empregado sair da empresa ou quando for se aposentar. É aconselhável que o trabalhador peça o documento assim que se desligar de cada empresa.

5. Trabalhadores autônomos e empresários devem redobrar os cuidados - Profissionais liberais, como médicos e advogados, demais autônomos e empresários devem guardar muito bem seus comprovantes de contribuição à Previdência. É que, nesse caso, o próprio trabalhador deve recolher a contribuição diretamente ao INSS. Na hora de pedir a aposentadoria, deve mostrar todas as guias e carnês de recolhimento.
Mas, atenção: quando um autônomo ou empresário prestarem serviço a uma empresa, cabe à empresa recolher o INSS. Nesse caso, a dica é guardar muito bem os comprovantes de prestação de serviço, caso a empresa não cumpra com essa obrigação.

6. Atenção se for contribuinte facultativo - Contribuintes facultativos, como donas de casa, estudantes e desempregados, também devem guardar todas as contribuições para apresentar na hora de requerer a aposentadoria. Esses contribuintes têm de tomar um cuidado adicional. Como sua contribuição é facultativa, caso haja lapsos de tempo na contribuição, não é permitido que paguem as contribuições atrasadas. Isso só é possível para os trabalhadores obrigados a fazer o recolhimento.

7. Onde obter a lista de documentos para pedir aposentadoria - No site do INSS, na página destinada aos agendamentos, há uma relação completa de documentos.

8. O que fazer se perder a carteira de trabalho - Nesse caso, o trabalhador terá de pedir à empresa em que trabalhou uma cópia do registro para poder solicitar ao Ministério do Trabalho a reconstrução da carteira. Outros documentos, como extrato do FGTS e o próprio CNIS também servem de prova das contribuições.

9. Não saque dinheiro se discordar do valor da aposentadoria - Se o trabalhador discordar do valor de sua aposentadoria, quando ela for concedida, ele não pode sacar o dinheiro. Se fizer isso, segundo o advogado Theodoro Agostinho, fica subentendido que o aposentado aceitou o valor que lhe foi concedido. O advogado orienta a não sacar o dinheiro e solicitar a desistência do benefício. "Assim que chegar a carga de concessão, o segurado deve protocolar a carta de desistência e entrar com recurso administrativo no INSS para contestar o valor ou procurar ajuda de um especialista", diz.

10. Simule o valor de sua aposentadoria - É possível fazer uma simulação do cálculo da renda mensal do benefício no próprio site do INSS.

terça-feira, setembro 09, 2014

Siga o dinheiro: sem candidato a presidente, PMDB pode ser o maior vencedor da eleição

imageDesenho de Henfil

O PMDB não é governo nem oposição. O PMDB não é orgânico nem transgênico. O PMDB não é capitalista nem socialista. O PMDB não é evangélico nem católico.  Como o antigo PSD, entre a Bíblia e O Capital, o PMDB fica com o Diário Oficial.

O PMDB nem candidato a presidente tem, mas pode ser o grande vencedor das eleições. O potencial desta vitória aparece porque o partido, com todas as suas contradições e peculiaridades, foi o que mais arrecadou contribuições financeiras até agora para financiar a campanha de seus candidatos. Foram R$ 70 milhões declarados ao Tribunal Superior Eleitoral, de acordo com a segunda parcial de gastos. O PT arrecadou R$ 66,5  milhões; o PSDB, R$ 48,4 milhões; e o PSB, R$ 22, 3 milhões. 

O PMDB tem 72 deputados, a segunda maior bancada da Câmara. Soma 19 senadores, a maior bancada, sendo que seis de suas vagas estão em disputa nas eleições de 2014. Mesmo que perca todas, teria ainda 13 senadores, o mesmo número da bancada atual do PT (que tem três vagas em disputa), e mais do que o PSDB, que tem 12 senadores, com seis vagas em disputa. O PSB tem quatro senadores, todos com mandato até 2019.

Não há projeções precisas para quantos deputados cada partido pode eleger neste ano, em razão da dificuldade de fazê-la. O total de deputados eleitos depende do chamado quociente eleitoral, soma dos votos recebidos em um Estado pelos partidos integrantes de cada coligação partidária, dividida pelo número de vagas em disputa.

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PMDB já acena para candidata do PSB

Mas se calcula que o PMDB possa eleger entre 65 e 79 deputados, o PT entre 78 e 96, o PSDB entre 39 e 48, e o PSB, entre 20 e 40 parlamentares. As maiores bancadas devem ser as de PT e PMDB, podendo o último acumular mais cadeiras. O PMDB já articula até um nome para presidir a Câmara, o deputado Eduardo Cunha (RJ), um exemplo da competência de articulação de interesses vários do partido e de imagem pública desgastada e de questionamentos éticos constantes.

O Senado Federal, composto de 81 senadores, renovará um terço (27) de sua composição nas eleições deste ano. Além das vagas em disputa, 22 dos 54 senadores com mandato até 2019 concorrem aos cargos de governador, de presidente e de vice-presidente da República. Uma projeção do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) calcula que, após a eleição, o PMDB tenha entre 16 e 20 senadores, o PT entre 13 e 16, o PSDB entre 9 e 11, e o PSB, entre 5 e 7. Ou seja, é muito provável que seja o maior partido do Senado.

Resumindo, qualquer que seja o candidato eleito a presidente é difícil que governe sem o PMDB, que pode ter sozinho 15% do Congresso. Se não atraí-lo para sua base, o eleito terá dificuldade para aprovar até um simples projeto de lei.

Com força no interior, dividido pelo país como capitanias hereditárias, cada líder com seu feudo político, o PMDB não é um partidos; são vários. Forjado na dura oposição ao regime militar, operador principal da transição negociada para a democracia, o partido sucumbiu ao governismo sem princípios. Está no poder desde 1985, à exceção de brevíssimos dois anos com Fernando Collor na Presidência entre 1990 e 1992.

Exemplo antigo de partido-ônibus, como definido pelo sociólogo Fernando Henrique Cardoso, o PMDB está mais hoje para partido-bônus, a render dividendos para suas lideranças nos meandros do poder, sem que tenha uma cara política. Não é à toa que os financiadores de campanha correm para seus braços. O PMDB é o amigo que todos querem manter por perto. Na frase de Otto Lara Resende, para abraçar ou apunhalar pelas costas é preciso estar próximo.

Yahoo

Horário certo para dormir melhora saúde da criança

Durante a noite ocorre a produção do hormônio do crescimento (GH), que é essencial para a saúde dos pequenos

Yahoo Brasil

De noite é produzido o hormônio do crescimento, essencial para a saúde dos pequenos

Yahoo Brasil/Getty Images - De noite é produzido o hormônio do crescimento, essencial para a saúde dos pequenos

É certo que toda criança precisa de disciplina, e isso inclui horários pré-definidos para o sono, alimentação, atividades escolares e lazer. Uma rotina estruturada é de extrema importância para a manutenção da saúde e para o desenvolvimento emocional dos pequenos.
Segundo a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi, o sono é função vital ao organismo e necessita de uma rotina, do mesmo modo que todas as outras atividades do dia a dia. “Se a criança não dorme bem em decorrência da indisciplina, isso pode trazer sérios problemas à saúde, devido à irregularidade do relógio biológico. Em curto prazo, por exemplo, tendem a ficar cansados, irritados, estressados, ter alterações repentinas de humor, desatenção e dificuldade de concentração”, esclarece.
A consultora esclarece que crianças até 3 anos precisam 11 horas à noite, em média. "À medida que forem crescendo, essa quantidade de tempo diminui, pois a melatonina, hormônio responsável pela regularização do sono, tem o seu pico máximo de produção no ser humano aos 3 anos de idade e, com o envelhecimento, a sua formação vai diminuindo”, explica.
Criar disciplina, com horários estipulados para ir para cama e acordar, faz com que o relógio biológico entenda e se adapte facilmente, o que é importante para o bom funcionamento do organismo. “Quando dormimos, há alterações psicológicas e hormonais que dependem da regularidade do sono, por isso, respeitar os horários é fundamental”, diz Renata.
Para a especialista, uma rotina de descanso traz uma melhora significativa para a saúde da criança. Isto porque, durante a noite, acontece a troca e regeneração celulares, além da liberação do Hormônio do Crescimento (GH), que ocorre, principalmente, nas fases mais profundas do sono. Nas crianças, a produção dessa substância é essencial, pois, além do crescimento, ajuda a controlar o colesterol e a manter a densidade dos ossos.
É importante que os pequenos compreendam que a noite é o momento para dormir. Os pais, por exemplo, podem colaborar fazendo uma programação e criando um ritual para os filhos. “Leve os pequeninos para escovar os dentes, conte uma história ou cante uma canção tranquila antes de eles dormirem. Faça com que a criança aprenda, aos poucos, a colocar em ordem suas atividades e, principalmente, entenda o porquê de estar fazendo isso”, recomenda a consultora.

quinta-feira, setembro 04, 2014

De acordo com a OMS: o suicídio mata mais de 800 mil pessoas por ano

O suicídio mata mais de 800 mil pessoas por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. Três em cada quatro casos são registrados em países emergentes e pobres, não nas capitais escandinavas, como a cultura popular insiste. O fenômeno tira a vida de uma pessoa a cada 40 segundos. 

Para esclarecer o tema, uma campanha da OMS listou os mitos e verdades sobre o suicídio. De acordo com o texto, ideia de que apenas pessoas com distúrbios mentais podem cometer suicídio estão entre as inverdades sobre o assunto.

MITO: Pessoas que falam sobre suicídio não têm intenção de se suicidarem

Fato: Pessoas que conversam sobre suicídio podem estar procurando por ajuda ou suporte. Um número significativo de pessoas cogitando suicídio passam por ansiedade, depressão e falta de esperança e podem pensar que não existe outra opção.

MITO: A maioria dos suicídios acontecem repentinamente e sem aviso.

Fato: A maioria dos suicídios foram precedidos por avisos ou sinais, sejam verbais ou comportamentais. Há alguns casos em que suicídios acontecem sem qualquer aviso. Mas é importante entender o que são os sinais e procurar por eles. 

MITO: Alguém com propensão ao suicídio está determinado a morrer.

Fato: Ao contrário, pessoas com propensão ao suicídio agem de forma ambivalente sobre continuar vivendo ou morrer. Alguém pode agir impulsivamente ao ingerir pesticidas, por exemplo, e morrer alguns dias depois, apesar de desejarem continuar vivendo. Acesso a suporte emocional no momento certo pode prevenir suicídios.

MITO: Alguém que deseja se matar, continuará desejando se matar em todos os momentos.

Fato: Os maiores riscos de suicídio são a curto-prazo e em situações específicas. Pensamentos suicidas não são permanentes e um indivíduo que teve pensamentos suicidas anteriormente pode seguir vivendo por um longo tempo.

MITO: Somente pessoas com distúrbios mentais podem cometer suicídios.

Fato: Comportamento suicida indica profunda infelicidade, mas não necessariamente distúrbio mental. Muitas pessoas vivendo com problemas mentais não são afetadas por comportamento suicidas, e nem todas as pessoas que tiram a própria vida têm distúrbios mentais.

MITO: Conversar sobre suicídio é uma má ideia e pode ser interpretada como encorajadora.

Fato: Por causa do estigma sobre suicídio, a maioria das pessoas que estão cogitando tirar a própria vida não sabem com quem falar. Ao invés de encorajar, conversar abertamente pode dar outras opções ou o tempo para que a decisão seja repensada, e assim prevenir o suicídio.

quarta-feira, setembro 03, 2014

Bonner e Poeta interrompem presidenciáveis 32 vezes em entrevistas no "JN"

Luisa Romano e Vinícius Segalla
Do UOL, em São Paulo

Ao fim do ciclo de entrevistas com presidenciáveis no "Jornal Nacional" --Marina Silva, do PSB, foi a última a passar pela bancada--, os âncoras do telejornal da TV Globo interromperam os cinco candidatos à Presidência da República convidados em 32 oportunidade e consumiram, em média, um terço do tempo das entrevistas com perguntas e interrupções.

A candidata do PSB foi entrevistada na quarta-feira (27) pelos apresentadores William Bonner e Patrícia Poeta. Dos 15 minutos e 16 segundos que durou a entrevista, a candidata falou por 10 minutos e cinco segundos.

O restante do tempo foi utilizado pelos dois jornalistas, que fizeram seis perguntas à candidata e interromperam suas respostas em oito oportunidades.

Foram cinco entrevistas com presidenciáveis, de 15 minutos cada uma, à exceção da de Marina Silva, que teve 16 segundos a mais, e da de Dilma Rousseff (PT), que excedeu o tempo em 50 segundos.

Passaram pela bancada do "JN", além de Marina e Dilma, o então candidato do PSBEduardo Campos --que fora entrevistado na véspera do acidente aéreo que provocou sua morte--, Aécio Neves (PSDB) e Pastor Everaldo (PSC).

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Entenda a medição do UOL

A reportagem do UOL mediu o tempo que cada candidato teve para dar suas respostas, quantas vezes foi interrompido pelos apresentadores e quanto tempo de sua entrevista teve consumido pelas perguntas dos apresentadores do telejornal.

Para efeito do cálculo, o UOL considerou como interrupção as vezes em que os entrevistadores passaram a falar enquanto o candidato ainda respondia a uma pergunta, fazendo com que ele interrompesse sua fala para ouvir os jornalistas da Globo.

Não entraram na conta as vezes em que os candidatos continuaram falando e os jornalistas desistiram de concluir suas intervenções.

Para crítico do UOL, postura incisiva dos entrevistadores dá tom de confronto

A entrevista com Marina Silva, a última do ciclo, consolida o formato adotado pelo telejornal, de confrontar os candidatos com perguntas "incômodas e desconfortáveis", como definiu Bonner, nas redes sociais, ao rebater críticas que recebeu por sua postura nas entrevistas.

Para o crítico de TV e jornalista do UOL Maurício Stycer, o tom de confronto que assumiram as entrevistas do "JN" se deve à postura dos entrevistados diante das questões incisivas dos jornalistas.

"Os candidatos usam a técnica de responder somente a fragmentos que os interessam. Por fim, quando necessário, recorrem ao mais irritante dos expedientes, que é ignorar a pergunta e falar de outro assunto na resposta", disse Stycer em análise sobre a série de entrevistas.

Assim, segundo Stycer, "como as perguntas não são suficientes para trazer à tona o que os entrevistadores consideram 'a verdade', é preciso interromper o entrevistado quando ele usa uma de suas técnicas de fuga".

Comerciante é assassinado a tiros na porta de seu estabelecimento, em Catolé do Rocha

Uma tragédia abala Catolé do Rocha na manhã desta quarta-feira, 03 de setembro. Desconhecido chega em motocicleta, atira contra dois homens que estavam sentados na frente de um mercadinho, e atinge o proprietário, que cai e morre tingido por vários tiros.

A cena de sangue aconteceu nas primeiras horas da manhã de hoje, quando o proprietário do Mercadinho São Francisco, José Francisco Vieira, popularmente conhecido por ‘ZÉ GAGO’, 54 anos, casado, residente à Rua Capitão Manoel Benício (local do sinistro), no bairro do Batalhão, ao lado do Hospital Regional de Dr. Américo Maia de Vasconcelos, e há 50 metros do 12º Batalhão da Polícia Militar, foi atingido por um disparo fatal e morreu ao dar entrada na emergência do Hospital Regional.

Segundo as primeiras informações, Zé Gago estava sentado em um banquinho, ao lado do jovem, identificado por Júnior de Basinho, quando um homem (ainda não identificado) chegou em uma motocicleta, e abriu fogo contra os dois, atingindo diretamente o proprietário do estabelecimento.

Apesar de o algoz ter disparado vários tiros, nenhum deles atingiu Júnior de Basinho, que correu em direção ao 12º BPM.

A polícia Militar iniciou diligências e até o momento não tem nenhuma informação sobre o autor dos disparos, nem também o motivo do ocorrido, já que o comerciante é uma pessoa pacata, de grandes amizades, residia e  trabalhava no bairro do Batalhão há quase 40 anos, e não pesava em seu favor nenhum registro de inimizade.

Daqui a pouco mais informações...

PORTAL CATOLÉ NEWS

segunda-feira, agosto 04, 2014

Acidente na obra do Colégio Obdúlia Dantas mata mulher, em Catolé do Rocha

Catolé News

Muro caiu sobre a mulher que passava no local

Tragédia anunciada. Assim podemos denominar o acidente ocorrido na manhã desta segunda-feira (04), na Avenida Venâncio Neiva, em Catolé do Rocha (PB), que vitimou uma Senhora de aproximadamente 46 anos de idade.

Por volta das 09h30, a senhora Maria Salete, que residia nos últimos tempos, na Rua Floriano Peixoto, próximo a CAGEPA, em Catolé do Rocha, mas que recentemente passou a morar na cidade de Patu (RN), e que transitava pela Av. Venâncio Neiva, na calçada do Colégio Estadual Obdúlia Dantas, foi soterrada por uma parede, que desabou em decorrência de uma colisão com uma caminhão caçamba que retirava entulhos da demolição do colégio.

Segundo informações de um Senhor de nome Tiririca, eles e a vítima conversavam na calçada, aguardando a passagem do caminhão, que saia de dentro do colégio, em direção a rua, quando de repente ouve a colisão da caçamba com a parede, que não suportou o peso, e desabou por cima da mulher.

De acordo com a testemunha, a senhora não teve tempo para sair, e ficou soterrada nos escombros do muro.

De imediato o Corpo de Bombeiros e também a equipe do SAMU foram acionados, e prestara socorro à vítima, que foi removida para o Hospital Regional Dr. Américo Maia de Vasconcelos, mas não resistiu aos graves ferimentos e veio a óbito.

quarta-feira, julho 30, 2014

2º JOGOS DAS ESCOLAS ESTADUAIS DA PARAÍBA

Texto: Pedro Moreira Filho/José Fernandes
A Escola de Ensino Médio João Silveira Guimarães representando o município de São Bento-PB tornou-se Campeã Regional na modalidade atletismo, nos Jogos das Escolas Estaduais, na Regional de Catolé do Rocha-PB no dia 21/07/14. Os professores responsáveis foram Pedro Moreira Filho e Thiago Dantas. Os alunos que representaram referida escola e consequentemente a cidade de São Bento-PB foram:
No atletismo masculino: LEANDRO, VICTOR HUGO, ROBSON, EDUARDO, KAIO, CARLOS DANIEL, DOUGLAS ARAÚJO E ALEXSANDRO.
No atletismo feminino: JORDANIA KENIA, VALESCA, EFIGENIA, PAULA RAYANE. 10525924_651346864980670_5166239706264492390_n
Salve o Piranhas



quinta-feira, julho 03, 2014

Governo do Estado lança prêmios Mestres da Educação e Escola de Valor 2014


O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação (SEE), lança nesta terça-feira (1º) a edição 2014 dos prêmios Mestres da Educação e Escola de Valor. Os prêmios, que acontecem desde 2011, já contemplaram, até a edição do ano passado, 4.056 professores e 642 escolas da rede estadual de ensino, num investimento da ordem de R$ 50.384.418,98 nas três edições já realizadas, contemplando o total de 37.587 servidores nos dois prêmios.  Os editais foram publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) do último sábado (28), que circulou nessa segunda-feira (30).

As inscrições para a edição de 2014 dos prêmios começam nesta terça-feira (1º) e vão até o dia 22 de julho. Os interessados em se inscrever tanto no Mestres da Educação quanto no Escola de Valor devem preencher o formulário disponível no endereço eletrônico www.mestresdaeducacao.pb.gov.br e observar os critérios e os documentos comprobatórios e de autoavaliação exigidos para inscrição.

Os formulários de inscrição deverão ser enviados junto aos documentos comprobatórios e de autoavaliação no período de 13 a 22 de outubro. A confirmação da inscrição acontecerá no dia 28 de outubro. De 28 de outubro a 30 de novembro acontecerá a análise dos documentos pela Comissão Estadual de Avaliação dos prêmios. No dia 10 de dezembro, serão divulgadas as escolas e professores premiados.

Os prêmios são uma iniciativa do Governo do Estado da Paraíba no fomento, seleção, valorização e premiação das experiências administrativas e práticas pedagógicas exitosas, resultantes de ações integradas e executadas por profissionais de educação em exercício e lotados nas escolas públicas estaduais de educação básica e que estejam obtendo sucesso no enfrentamento dos desafios no processo de ensino e aprendizagem.

Escola de Valor – Prêmio aberto exclusivamente para as escolas da rede pública estadual de educação básica. Conforme a Lei 9.879, de 13 de setembro de 2012, o prêmio Escola de Valor contemplará todos os profissionais de educação em exercício e lotados nas escolas públicas estaduais de educação básica premiadas com o valor correspondente a uma remuneração mensal, a qual percebe, caracterizando o 14º salário.

Mestres da Educação – O prêmio é destinado exclusivamente para professores em efetivo exercício de suas funções e lotados em escolas da rede pública estadual de educação básica. Conforme a Lei 9.879, de 13 de setembro de 2012, o prêmio Mestres da Educação contemplará todos os professores em exercício e lotados nas escolas públicas estaduais de educação básica com o valor correspondente a uma remuneração mensal, a qual percebe, caracterizando o 14º salário.

Caso o professor premiado esteja lotado em escola contemplada com o prêmio Escola de Valor, este receberá também o 15º salário. A premiação acontecerá em evento organizado pela SEE, em João Pessoa, em local a ser divulgado oportunamente.

Para inscrição nos prêmios acesse: www.mestresdaeducacao.pb.gov.br

EDITAL Nº. 004_2014–GS – Prêmio Escola de Valor – 2014

EDITAL Nº. 005_2014–GS – Prêmio Mestres da Educação – 2014

Fonte: http://www.paraiba.pb.gov.br/

quarta-feira, julho 02, 2014

Lígia Feliciano é a vice de Ricardo Coutinho

clip_image001A vice na chapa de Ricardo Coutinho (PSB) é a médica Lígia Feliciano, esposa do deputado federal Damião Feliciano (PDT). O anúncio foi feito na sede da Associação Campinense de Imprensa na noite de hoje pelo governador, que chegou ao local acompanhado pelo casal e pelo candidato ao Senado Federal, Lucélio Cartaxo (PDT).

A escolha atende a expectativa de que o cargo de vice deveria caber a uma representante de Campina Grande. Antes dela, o PSB tentou atrair para a coligação a deputada estadual Daniella Ribeiro (PP) e a também deputada federal Nilda Gondim (PMDB).

Paraíba Hoje

Vital se reúne com PMDB e PT para salvar aliança na Paraíba

vtO senador Vital do Rêgo Filho (PMDB) manteve conversas ontem em Brasília com lideranças do seu partido e do PT, mas não houve nenhum avanço em torno da recomposição da aliança na Paraíba envolvendo as duas legendas. As conversas foram com o vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros, o presidente do PMDB, Valdir Raupp, e os ministros Aloísio Mercadante e Ricardo Berzoini. “Eu vou lutar até o fim. O problema não foi criado por nós”, afirmou.

Segundo Vital, o PT nacional, através de uma resolução aprovada pela Executiva do partido, decidiu que na Paraíba o PT deve se coligar com o PMDB. No entanto, o que se viu no Estado foi a formação de uma aliança com o governador Ricardo Coutinho. Ele disse que nas conversas com os ministros, o PMDB cobrou o compromisso firmado pela direção nacional e que não foi cumprido pelos petistas na Paraíba.

“Estamos lutando por essa aliança”, destacou o senador.

Na última terça-feira o PMDB realizou uma reunião na sede do partido com a participação do senador Vital do Rêgo, do ex-governador José Maranhão e dos deputados da bancada do partido na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Ao sair da reunião, Vital disse que a candidatura ao governo estava mantida.

Na tarde de ontem, o presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, falou com a imprensa do Estado e disse que existe o compromisso do PT de apoiar a candidatura de Vital ao governo do Estado. “Existe uma resolução dizendo que se Vital fosse candidato, o PT apoiaria. Vital só saiu candidato porque tinha esta resolução, mas de última hora o PT mudou”. Ele chegou, inclusive, a defender uma intervenção do PT nacional no diretório estadual. “A intervenção é uma das possibilidades. O melhor caminho é que não exista isto, mas a intervenção é uma prerrogativa que os partidos têm”.

O ex-governador José Maranhão acredita que com ou sem aliança com o PT, o PMDB tem chances de ganhar a eleição na Paraíba. “O PMDB sempre teve uma força muito grande no Estado”. Para ele, o maior desafio é com relação à eleição proporcional, já que até agora nenhum partido se dispôs a fechar uma coligação com o PMDB. Segundo Maranhão, o problema está no teto do PMDB, que é tido como muito alto pelos outros partidos.

Paraíba Hoje

segunda-feira, junho 23, 2014

Record paga R$ 10 mil por entrevista e usa Russo para atacar a Globo

Geraldo Luis paga o cachê de Russo: um cheque de R$ 10 mil pela entrevista contra a Globo

Por DANIEL CASTRO, em 23/06/2014 · Atualizado às 06h52

Há três meses no ar, o Domingo Show é um pograma que faz do sensacionalismo e da exploração do drama alheio a sua matéria prima. Todos os domingos, o apresentador Geraldo Luis repete a fórmula. Durante mais de uma hora, enrola o público em torno de uma história de apelo popular, quase sempre envolvendo alguma pessoa outrora muito conhecida e hoje um tanto esquecida.

No último domingo (22), a atração da Record fez miséria da desgraça de Antônio Pedro de Souza e Silva, o Russo. Durante 46 anos, Russo foi operador de áudio e assistente de palco da Globo. É é da era de Chacrinha, encerrada no final dos anos 1980. No programa, fazia o papel que o anão Marquinhos faz no show de Geraldo Luis, o de palhaço sem maquiagem e aberração.

Aos 83 anos, Russo se aposentou há mais de 20, mas mesmo assim continuou trabalhando na Globo. Passou pelo Domingão do Faustão, Xuxa e Caldeirão do Huck. Em março deste ano, depois de sofrer um infarto no trabalho, a Globo o obrigou a ficar em casa e bloqueou seu crachá, o impedindo de entrar no Projac, a central de estúdios da Globo.

Segundo a companheira de Russo, Adriana Melo, a Globo se comprometeu a pagar o plano de saúde e uma "renda" por mais cinco anos. De acordo com o próprio Russo, ele ganha apenas "mil e poucos" reais de aposentadoria (na entrevista, ele não confirmou a "renda" da Globo). Mais do que a dificuldade financeira, o que magoa Russo é a impossibilidade de trabalhar, o descarte depois de tanto tempo de servidão. "Fui mandado embora da Globo sem mãe e sem mãe. Foi uma covardia o que fizeram comigo", disse para a Record.

Em computação gráfica, Record quebra o crachá de Russo, passando a imagem de que a Globo o dispensou

O drama de Russo, inegavelmente, é notícia. Mas na boca da Record soa a oportunismo. A emissora usou a dor de Russo para atacar a Globo, sua principal concorrente. Numa imagem simbólica, o crachá de Russo na Globo foi quebrado ao meio pelos computadores da Record. Geraldo Luis chegou a dizer que o assistente de palco é "uma lenda viva da TV brasileira", e que "alguém que fica 50 anos numa empresa é mais do que funcionário", é "patrimônio". 

A mensagem que a Record quis passar foi a de que a Globo descarta seus "talentos" sem a menor cerimônia quando eles ficam velhos e não servem mais. Nas entrelinhas, disse que a Globo é cruel, desumana. Não é bem assim. Primeiro, o capitalismo é assim, as pessoas envelhecem e são obrigadas a se aposentar, dar lugar aos mais jovens. Segundo, a Globo, diferentemente da Record, tem uma política de recursos humanos das mais invejáveis entre todas as empresas do país.

Não é a primeira vez que o programa da Record, que é produzido pelo departamento de jornalismo, explora a desgraça alheia e alfineta a concorrência ao mesmo tempo. Começou com Rodolfo, da dupla com ET, que processa o SBT, e prosseguiu com Zina (Rede TV!) e familiares de Mussum (Globo). Carreiras acabam, mas no Domingo Show isso só acontece na concorrência.

No caso de Russo, chamou a atenção a forma como a Record escancarou que comprou a entrevista. No final, Geraldo Luis, que trabalha cercado por anão, um galo, uma "candinha" e até um sujeito fantasiado de morte, se desculpou com Russo. O assistente de palco, que esperava uma nova oportunidade de trabalho, vai continuar sonhando com a casa própria: "É que eu não tenho a caneta, mas se tivesse eu contratava o Russo". E entregou um cheque de R$ 10 mil para ajudá-lo.

A entrevista foi paga no palco, sem cerimônias. A Record, sim, usou e abusou de Russo. Ele só servia para atacar a Globo.

Fonte: Notícia da TV

quinta-feira, junho 19, 2014

Por que o Fuleco anda sumido dos estádios? A Fifa tem os seus motivos

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Rodrigo Bertolotto
Do UOL, em Fortaleza

SacizentoQuando Jérôme Valcke anunciou, em 2012, o tatu-bola como mascote da Copa, exaltou que o bicho, mais que um símbolo, representava o legado de "proteger a natureza". Um ano e meio depois, a Fifa não destinou um centavo para preservá-lo. Coincidência ou não, o Fuleco anda sumido nos estádios da Copa e não apareceu nem mesmo na cerimônia de abertura do Mundial.

O líder da Associação Caatinga, organização não governamental que propôs o tatu-bola como mascote da Copa, diz que a Fifa tentou um acordo de última hora com grupos que defendem a preservação do animal, mas o valor oferecido era "uma proposta indecorosa", segundo Rodrigo Castro. A bilionária entidade máxima do futebol, que teve um lucro de US$ 2,4 bilhões nos quatro anos de preparação da Copa 2014, encerrou as negociações depois que a ONG não aceitou os US$ 300 mil que ofereceu. E que seriam distribuídos em 10 anos.

A felicidade da escolha em setembro de 2012 se transformou em tristeza com as negativas da Fifa em ajudar o animal da caatinga, que é  ameaçado de extinção. Com a presença de toda alta hierarquia da Fifa no Brasil nos últimos dias, inclusive Federico Addiechi, o chefe de responsabilidade social da entidade, veio uma proposta oficial após 16 meses de negociações.

"Eles ofereceram um trocado, um dinheiro que sobrou do programa de neutralização de emissão de carbono deles. Fizemos uma contraproposta e esperamos uma resposta até o apito final da Copa", afirma Castro.image

Segundo a Fifa, o valor oferecido foi de US$ 300 mil. Já a Associação Caatinga disse ter recebido uma proposta de R$ 300 mil. De qualquer forma, essas quantias seriam menores do que a colaboração de outros patrocinadores da ONG. O valor não teria impacto no programa de proteção do tatu bola. 

Hoje em dia, por exemplo, não se sabe a população total desse tatu e a distribuição dela, e faltam muitos dados sobre seus hábitos. Até sua criação e reprodução em cativeiro são um desafio, afinal, nenhum exemplar da caatinga foi parar em um zoológico – só o mataco, o tatu-bola do cerrado, é visto em alguns zoos pelo mundo. Muita pesquisa e muito dinheiro são necessários para isso.

Na apresentação do Fuleco ao mundo há dois anos, Valcke disse que o tatu-bola era "perfeito" como mascote. "Um dos objetivos principais é usar a Copa como plataforma para comunicar a importância do meio ambiente e da ecologia", disse à época o secretário-geral da Fifa. "Todos esperavam por uma arara. Mas o tatu-bola significa mais. Não é somente o símbolo de uma competição. Representa o legado, que é proteger a natureza." A escolha do nome, uma mistura de "futebol" com "ecologia", seria outra sinalização vinda de Zurique, sede do futebol mundial.

Porém, esse tal legado ecológico se soma a todas as outras frustrações do Mundial, desde a função de vários estádios até as obras de mobilidade urbana que ficaram no papel. Na imprensa internacional, principalmente a europeia e a brasileira, a promessa ambiental da Fifa repercutiu mal.

Nas redes sociais foram promovidos fóruns, campanhas e abaixo-assinados para que a organização da competição se comprometa com a salvação do mascote ameaçado de extinção do animal cujo habitat exclusivo é a caatinga nordestina, que hoje só tem protegido 1% de sua extensão original com reservas – o governo pernambucano prometeu criar um "Parque Estadual do Tatu-Bola" na região de Petrolina.

Por seu lado, a Fifa parece que  preferiu esconder o Fuleco durante a Copa do Mundo, e a maior prova disso foi a ausência dele na cerimônia de abertura da competição. Bonecos do mascote estão em estandes de patrocinadores do evento, como Visa e Coca-Cola, mas desapareceram das áreas capitaneadas por Joseph Blatter. "Nós estamos satisfeitos de fazer o mascote ser amado tanto no Brasil como no mundo todo", disse Valcke em 2012. Mas a história não foi bem assim. A escolha do nome já gerou polêmica, pela sonoridade do nome, que gera facilmente trocadilhos e piadas.

A Fifa nega, no entanto, que esteja escondendo o mascote da Copa. A entidade afirma que ele tem sido exibido, sim, em todos os estádios, inclusive durante a abertura da Copa no Itaquerão e nas Fan Fest que estão sendo realizadas em todas as cidades sedes. A Fifa diz ainda que não houve nenhuma modificação nos critérios para exibição do Fuleco.

Durante a Copa das Confederações, em 2013, o mascote ganhou grande visibilidade, mas bonecos infláveis dele em Porto Alegre e em Brasília foram atacados e murchados em meio aos protestos contra os custos do Mundial de futebol. Para completar o esvaziamento de sentido dele, traficantes do Rio fizeram embalagens de maconha e cocaína. Surgiu o apelido "Fumeco" e sua "fuleconha".

"Daqui a 40 anos, as pessoas vão lembrar dos jogos e do campeão da Copa, talvez até lembrem do mascote Fuleco. Mas nessa época o tatu-bola pode estar extinto, e as pessoas nem lembrarem dele", sentencia Castro, que ainda tem esperança que até o fim da Copa a Fifa vai apresentar uma proposta melhor para as entidades ambientais.

quarta-feira, maio 28, 2014

TRE afasta cassação do prefeito de Jericó

00O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu, por maioria de votos, dar provimento a um recurso do prefeito de Jericó, Cláudio Oliveira (DEM), que teve o mandato cassado em setembro de 2013, pela juíza Candice Queiroga Gomes, da 36ª zona eleitoral, acusado de compra de votos nas eleições de 2012. A decisão suspende os efeitos da cassação determinada pela juíza de 1º grau.

O julgamento do recurso ocorreu na sessão desta segunda-feira (26). O prefeito de Jericó estava no cargo por força de uma liminar do TRE-PB. A ação que pedia a sua cassação foi proposta pela Coligação “Forte é o Povo”.

Em sua defesa, ele argumentou que não distribuiu, autorizou, prometeu ou doou qualquer espécie em dinheiro a eleitores do município de Jericó, e que o dinheiro encontrado em seu carro se destinava às despesas com a viagem, porquanto reside no Estado do Maranhão e se encontrava em Jericó.

Na sentença, a juíza da 36ª Zona Eleitoral observou que existe nos autos prova robusta de que houve a compra de votos. “Vê-se que a captação ilícita de sufrágio na hipótese vertente encontra-se lastreada em prova testemunhal produzida em audiência, restando de maneira inequívoca e consistente sobejamente demonstrada e, ainda, corroborada, dentro do contexto fático probatório por meio do dinheiro e lista encontrados nos carros dos investigados mencionados”.

TSE decide que Paraíba terá 30 deputados estaduais e 10 federais

tseem 2015… O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ratificou, por unanimidade, na sessão administrativa desta terça-feira (27), a redefinição da distribuição do número de deputados federais e a composição das assembleias legislativas e da CâmaraDistrital.Com essa decisão, a bancada da Paraíba na Câmara Federal será reduzida de 12 para 10 deputados. Na Assembleia Legislativa, a redução será de 36 para 30 deputados estaduais.

Além da Paraíba, sete estados perdem representatividade na Câmara Federal: Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Piauí. Ao mesmo tempo, outros cinco ganham mais deputados federais: Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Santa Catarina e Pará.

Na prática, a Câmara Federal continua com 513 deputados. O que muda é a sua distribuição pelos estados. Na nova fórmula de cálculo, estados com maior população, caso do Pará, ganham mais deputados e outros perdem.

As mudanças já valem para a próxima legislatura e os eleitores paraibanos vão escolher apenas 10 deputados federais e 30 estaduais. Os efeitos da norma haviam sido suspensos pelo Decreto Legislativo nº 424/2013, aprovado pelo Congresso Nacional, no ano passado, mas com a decisão desta terça-feira volta a valer o entendimento do TSE.

O Plenário do TSE entendeu que somente uma lei complementar – aprovada por maioria absoluta das duas casas do Congresso –, e não um decreto legislativo – aprovado por maioria simples –, poderia suspender os efeitos de sua resolução, já que esta fora editada em cumprimento ao estabelecido pela Lei Complementar n° 78/1993.

Decisão

A decisão do plenário foi tomada na análise de uma questão de ordem em petição apresentada pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, acompanhando o voto do presidente do Tribunal, ministro Dias Toffoli. Os ministros entenderam não ter validade para as Eleições de 2014 o referido decreto legislativo por força do princípio da anualidade eleitoral (art. 16 da Constituição Federal), segundo o qual a lei que alterar o processo eleitoral não poderá ser aplicada ao pleito que “ocorra até um ano da data de sua vigência”.

A decisão na composição das bancadas, definida em processo administrativo, foi contestada por cinco ações de inconstitucionalidade impetradas pelos estados de Pernambuco, Espírito Santo, Piauí e pela Assembleia Legislativa e governo da Paraíba.

quinta-feira, maio 22, 2014

Paloma Duarte pede para posto do Detran fechar para ser atendida com exclusividade

Para renovar a sua carteira de habilitação, Paloma Duarte, 37, queria que o Detran fosse fechado exclusivamente para ela ser atendida.

De acordo com a coluna "Retratos da Vida", do jornal "Extra", a atriz defendeu o seu pedido inusitado alegando motivos de segurança. Apesar disso, o posto do órgãolocalizado no Largo do Machado, na Zona Sul carioca, não atendeu a sua exigência.

Então, a intérprete da Dorotéia na novela"Pecado Mortal", da Record, passou por lá na semana passada e sua permanência no lugar só não passou despercebida pois todos os funcionários já sabiam do pedido que ela havia feito.

Vale comentar que há 15 dias, Xuxa, 51, esteve no posto do Detran da Presidente Vargas para também renovar sua habilitação. Apesar de ter sido atendido em uma área VIP, por gentileza dos funcionários, ela não exigiu isso. É, quem pode, pode!

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terça-feira, maio 20, 2014

Michael Jackson aparece em forma de holograma durante prêmio da Billboard Music Awards


Michael Jackson aparece em forma de holograma durante prêmio da Billboard Music Awards; Confira

Cinco anos depois de sua morte, Michael Jackson eletrizou neste domingo à noite o público do Billboard Music Awards, em Las Vegas, ao "ressuscitar" na forma de holograma para interpretar uma das canções de seu último álbum póstumo.

O holograma do "rei do pop" — com um físico mais parecido ao da época do álbum "Bad" que ao dos últimos anos de vida — interpretou "Slave to the rythm", uma das oito canções do álbum "Xscape", lançado na semana passada.

A coreografia, muito elaborada e que teve a participação de vários dançarinos, retomou os movimentos característicos do astro, especialmente o famoso 'moonwalk'.

A "atuação" de Michael Jackson, mantida em sigilo até o último momento, precisou de um ano de trabalho e teve a colaboração de 104 artistas e técnicos, segundo a organização do evento.

O holograma fez sua apresentação a pouco mais de um mês do quinto aniversário da morte do artista, que faleceu em 25 de junho de 2009, aos 50 anos, vítima de uma overdose de medicamentos.

Na premiação, o Billboard Music Awards consagrou Justin Timberlake, que venceu em sete categorias.

O cantor e ator e 33 anos recebeu os prêmios de Artista do Ano, Artista Masculino, Artista Top Billboard 200, Artista de Rádio, Artista de R&B, Álbum Top Billboard 200 e Álbum R&B por "The 20/20 Experience".

Os outros grandes vencedores da noite foram o grupo Imagine Dragons (cinco estatuetas, incluindo Artista de Rock e Álbum de Rock), Pharrell Williams, Robin Thicke e o rapper T.I. (com quatro prêmios cada).

Assim como no Grammy, a premiação da Billboard —criada em 1989 pela revista de mesmo nome - teve muitas apresentações ao vivo.

Jennifer López, Pitbull e Claudia Leitte subiram ao palco para interpretar "We Are One (Ole Ola)", a canção oficial da Copa do Mundo do Brasil.

Shakira, Ricky Martin, Jason Derulo, John Legend, Robin Thicke, o grupo OneRepublic, Katy Perry, Miley Cyrus e Lorde também se apresentaram na festa.

Yahoo

quarta-feira, maio 14, 2014

Ives Gandra Martins critica decisão do STF e fala em indenização aos condenados do Mensalão

POR MORRIS KACHANI

Blog do Morris

IVES2Se José Dirceu e outros mensaleiros estão proibidos de sair da prisão por terem sido condenados ao regime semi-aberto, onde está o aberto desse regime?

Cabe entrada com recurso solicitando indenização por danos morais e patrimoniais, na medida em que cumprem uma pena para a qual não foram condenados.

“De toda forma esta decisão não deve passar pelo plenário. Se passasse, seria desastroso para o sistema carcerário brasileiro”.

Estas são considerações do jurista Ives Gandra Martins, 79. Não é a primeira vez que ele critica uma decisão do STF sobre o Mensalão. Em setembro, Gandra já havia afirmado que Dirceu foi condenado sem provas, questionando a teoria do domínio do fato, que serviu como base para o julgamento.

Desta vez, o questionamento recai sobre a decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, que nos últimos dias revogou a autorização de trabalho fora da prisão de quatro condenados do Mensalão, sob a argumentação de que precisariam cumprir um sexto da pena para obter o benefício de deixar a cadeia durante o dia.

Com 56 anos de advocacia e dezenas de livros publicados, inclusive em parceria com alguns ministros do STF, Gandra, professor emérito da Universidade Mackenzie, da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e da Escola Superior de Guerra, não poderia ser enquadrado exatamente como um militante petista, ou de esquerda.

Nesta entrevista inclusive, critica duramente algumas políticas dos governos Lula e Dilma. Em mais de uma hora de conversa, Gandra fez também uma avaliação crítica sobre a atuação do STF. Para ele, o tribunal não deveria assumir o papel de legislador positivo em questões como o casamento civil homossexual ou utilização de células tronco em pesquisas científicas. “Quem faz as leis é o Congresso. Cabe ao STF julgá-las, se são constitucionais ou não”.

Gandra também explica por que, sob seu ponto de vista, é legítimo que o Mensalão petista tenha sido julgado pelo STF e o Mensalão tucano não o seja.

*

Como interpreta a decisão do presidente do STF, Joaquim Barbosa, em revogar o trabalho externo de José Dirceu?

Respeito a cultura do ministro e sua decisão, mas nesse particular não concordo. É a primeira vez que vejo essa interpretação. É uma decisão mais rígida.

Mas não é o que diz a Lei de Execução Penal, invocada pelo próprio presidente do STF?

Sim, mas existia uma jurisprudência do STJ,  em que concretamente, os condenados ao regime semi-aberto não precisavam cumprir um sexto da pena para trabalhar fora do presídio. Mais do que isso, o normal era cumprir um sexto da pena trabalhando fora para já passar ao regime aberto, dependendo do parecer de uma comissão julgadora.

Esta decisão pode prejudicar milhares de presos que estão no semi-aberto e encoraja o aumento da população carcerária. É preferível que se abra mais espaço no nosso sistema prisional, e não o contrário. A situação de nossos presídios é desumana.

Tenho a impressão de que o plenário vai derrubar esta decisão.

Barbosa chegou a argumentar que Dirceu não precisa exercer atividade fora porque trabalha na Papuda, onde ajuda a organizar a biblioteca e realiza faxina.

Trabalhar dentro do presídio é como se você estivesse cumprindo uma pena no regime fechado.

Quando alguém cumpre uma pena para a qual não foi condenado, tem todo direito de entrar com ação indenizatória por danos morais e patrimoniais. Os condenados a regimes abertos ou semi-abertos que acabarem por cumprir a pena em regimes fechados, estarão pagando à sociedade algo que não lhes foi exigido, com violência a seu direito de não permanecerem atrás das grades.

Dirceu está sendo muito vigiado, é o preso mais vigiado do Brasil. Se ele fica gripado, no primeiro espirro todos sabem. Houve suspeita de que os presos do Mensalão estivessem recebendo alimentos e visitas fora do horário, ou usando celular.

O que está em jogo é o bom comportamento. Qualquer abuso na utilização do regime semi-aberto, pode implicar uma sanção como o regime fechado. Em todo caso, não acho que estes elementos sejam capazes de mudar um regime. Não houve prova cabal, isso é mais uma suspeita do que realidade.

Que acha de Joaquim Barbosa?

É um grande humanista. Dá palestras em alemão na Alemanha, em francês na França. Nos poucos encontros que tivemos, revelou um conhecimento profundo sobre literatura, música clássica e direito. Agora, no Supremo, tem sido um homem extremamente duro. Ele tem esse temperamento, de quem veio do Ministério Público.

Como avalia a atuação do STF?

Tenho criticado o STF por achar que o tribunal deva ser um legislador negativo, e não positivo – positivo é quando faz a lei e cria uma nova situação, como no caso das células tronco, união civil homossexual ou aborto de anencéfalos.

O STF não deve propor. Quem cria é o Congresso. Ao STF cabe julgar se a decisão é constitucional ou não.

Que acha da TV Justiça?

Por um lado foi boa para o Brasil, democratizando o acesso. Por outro, o fato dos julgamentos serem exibidos faz com que os processos sejam muito mais demorados. Hoje todos ministros querem mostrar sua cultura . Criou-se certo teatro em função da televisão. Como dizia Erasmo de Roterdã, “a loucura do homem é a vaidade”.

É legítimo que o Mensalão petista tenha sido julgado pelo STF e o Mensalão tucano não o seja?

Foi correto o Mensalão petista ter sido julgado pelo STF. Eram 40 pessoas, o grosso delas vinculadas a competência originária do Supremo e outras não. Se fosse separar as instâncias, as decisões poderiam ser conflitantes. Mais correto foi julgar em um mesmo processo todo mundo, vinculado. A grande diferença do Mensalão tucano, é que com exceção de Eduardo Azeredo, todos os réus estão em instâncias inferiores. Isso é definido pela Constituição.

Foi positivo o Mensalão ter sido julgado pelo STF e televisionado?

Acho que sim, passou a impressão de que a corrupção efetivamente está sendo combatida. Só tenho minha dúvida com relação à teoria do domínio do fato. Se fosse para aplicá-la efetivamente, era o Lula que devia ter sido condenado, não o Dirceu. Fujimori foi condenado pelos crimes praticados por seus subordinados. Videla, na Argentina, porque era presidente nos anos de chumbo.

Não havendo prova consistente, a teoria do domínio do fato evoca o testemunhal, tentando colocar o réu como organizador daquilo tudo. Pessoalmente sou contra a teoria do domínio do fato.

Os criminosos têm que ser defendidos da sociedade. Sem provas consistentes não dá para condenar. Penso na defesa dos réus e não da sociedade, que clama por justiça com as próprias mãos. Só assim evitaremos linchamentos como esse ocorrido no Guarujá e outros que temos visto por aí.

Quando o povo deseja um resultado, deseja independente do direito. O povo tinha convicção de que aquela mulher era bruxa.

Aprecia a composição do STF?

Ministro por ministro, são todos muito bons. Agora, minha sugestão é de que os operadores do direito ou seja, o Conselho Federal da Ordem, o Ministério Público e os três tribunais superiores, indicassem 18 nomes, e que cada presidente escolhesse os ministros que estivessem mais no seu perfil, e não um amigo seu.

Como se define politicamente?

Não acredito em ideologias, acredito em eficiência de um governo. Quando um cidadão assume o poder, se identifica com ele, se considera vocacionado. Detesto demagogia e populismo.

6% do orçamento está comprometido com os gastos dos programas sociais do governo Lula e influem diretamente na reeleição de Dilma –Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos etc.

Tenho a impressão de que estamos destruindo as instituições brasileiras. Acho que estamos vivendo um momento de carência absoluta de estadistas. Dilma indiscutivelmente demonstrou incapacidade e prepotência.

Precisamos de um Estado mais enxuto. Obama tem 200 cargos comissionados,  Dilma tem mais de 20 mil. O Brasil perdeu uma grande oportunidade de crescer no momento em que o mundo estava em crise.

terça-feira, maio 13, 2014

Correios gastam R$ 42 milhões para mudar logomarca

Campanha publicitária foi lançada com a presença do ministro Paulo Bernardo

Enviar cartas é algo cada vez mais raro, mas os Correios vão gastar R$ 42 milhões para alterar a sua logomarca.

O novo símbolo –uma flecha amarela e outra azul, apontando para direções opostas– foi lançado em Brasília na 3ª feira passada (6.mai.2014), com a presença do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e atletas patrocinados pela empresa.

marcas

O assunto recebeu pouco destaque na mídia, embora já estejam sendo gastos R$ 30 milhões em uma campanha publicitária para divulgar a nova marca. O comercial está sendo veiculado nos intervalos de redes de TV e de rádio do país (vídeo abaixo).

O desenvolvimento da marca custou R$ 390 mil –a criação do pequeno desenho. A troca dos letreiros das 11 mil agências próprias e comunitárias espalhadas pelo país consumirá outros R$ 9,9 milhões, segundo cálculo da estatal –uma média modesta de meros R$ 819 para reformar cada agência.

O Blog ouviu no mercado, entretanto, estimativas muito maiores, na faixa de mais de R$ 100 milhões. Edifícios dos correios e pequenas agências terão de passar por reformas em alguns casos para a troca de placas e letreiros não só nas fachadas, mas nas partes internas desses locais.

Outro número curioso é a cifra informada pela empresa para trocar a identidade visual de sua frota de 16 mil veículos. Segundo os Correios, será necessário gastar R$ 1,7 milhão para adaptar esses 16 mil carros. Ou seja, apenas R$ 106 por veículo.

Por que esse número é curioso? Porque os Correios informaram inicialmente que o custo total para adaptar os carros e caminhões à nova logomarca seria de R$ 30 mil. O Blog estranhou e perguntou: só R$ 1,87 por veículo? É claro que havia um erro na informação.

Aí os Correios apareceram com a nova cifra, de R$ 1,7 milhão.

O titubeio da estatal sobre quanto vai custar essa operação pode significar duas coisas: ou os números reais estão sendo sonegados ou houve pouco planejamento na operação da mudança da marca da empresa. Ou as duas coisas.

É importante lembrar que os Correios estiveram na gênese do escândalo do mensalão, em 2005, quando um de seus funcionários foi filmado recebendo propina em dinheiro. Depois, os contratos de publicidade da empresa foram questionados por causa de suposto desvio de verbas.

Os Correios estão fazendo esse investimento num momento em que o negócio histórico da empresa está em decadência: o envio de cartas. Também é curioso que seja feito tanto investimento por uma empresa que não tem concorrentes.

No Brasil, o mercado de correspondências (cartas, cartões postais e telegramas) é um monopólio estatal nas mãos dos Correios. Trata-se de um negócio em franco declínio no mundo inteiro, que tende a ser mínimo no futuro.

Nos Estados Unidos, o número de cartas enviadas caiu 24% nos últimos 10 anos (2004 a 2013). O Canadá chegou a anunciar, no ano passado, o fim da figura do carteiro que entrega correspondência na casa das pessoas. No Brasil, o volume estaria estagnado há 5 anos –são cerca de 6,5 bilhões de cartas, cartões e telegramas por ano. A empresa, entretanto, não explica a razão pela qual esse fenômeno existe no Brasil, contrariando a tendência mundial.

Já o ramo de entrega de encomendas e cartas expressas é aberto à competição privada de empresas nacionais e estrangeiras. Cerca de 60% da renda dos Correios vêm desse serviço, do qual o Sedex é o carro-chefe. Mas a reformulação da identidade visual não abrange o produto mais lucrativo da empresa.

Além das propagandas que faz na TV, os Correios não demonstram muita capacidade de inovação.

Em setembro de 2013, o Ministério das Comunicações, que comanda os Correios, anunciou que a empresa estudava criar um serviço público e gratuito de e-mail com criptografia, para tentar evitar espionagem como a realizada pelo governo dos Estados Unidos. A previsão inicial era oferecer o serviço no segundo semestre deste ano, mas os Correios informaram que o lançamento deve ficar para 2015.

Ao Blog, a empresa afirmou que nenhum letreiro, embalagem, papel timbrado ou uniforme será jogado fora devido à adoção da nova logomarca. Segundo a estatal, todos esses itens serão substituídos por novos no prazo de 2 anos, na medida em que forem utilizados ou encerrarem sua vida útil.

Uol

segunda-feira, maio 12, 2014

Ressocialização: após liberdade, ex-presos voltam à prisão para trabalhar

Conheça os projetos, além de história de ex-presos que foram recolocados de forma positiva na sociedade

O Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPF) e a Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL 2) abrigam juntos cerca de 1.846 internos. Todos esses homens e mulheres tiveram seu direito à liberdade retirado por conta dedelitos cometidos na sociedade. E não é um erro afirmar que cada um deles conta os dias para estar fora da prisão. Mas quando o momento de sair chega, o que fazer depois? Seria ousadiavoltar ao presídio para trabalhar por exemplo, mas as histórias a seguir provam o contrário.

Jonas, 30, é professor de desenho na CPPL 2 e todos os seus 17 alunos conhecem bem a sua história. Durante 12 anos ele foi usuário de crack, o que ocasionou em várias passagens por presídios de Fortaleza e até em São Gonçalo do Amarante. Mas o rapaz conta que a passagem pela CPPL 2 mudou sua vida para sempre. “Lá Deus mudou minha vida”, relembra.

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Jonas no dia em que recebeu liberdade (FOTO: Arquivo pessoal)

Ainda no presídio Jonas usava crack e gerava dívidas com os traficantes que também estavam presos. Um dia, enquanto ouvia rádio na sua cela, ele teve contato com o testemunho de um preso que após passar por um projeto dentro do presídio, mudou de vida. E, para Jonas, aquilo foi um sinal de Deus para mudar sua vida também. “Eu pedi pra trocar de ala, fui ficar junto dos evangélicos, onde tinham vários projetos. A vida que eu estava não dava mais, era o fundo do poço, se eu continuasse, iam me matar por causa das dívidas. Eu dormia no chão e meu travesseiro era uma garrafa de refrigerante.”

Quando chegou na ala dos evangélicos, o jovem começou a estudar a bíblia e refletir sobre sua vida. A partir daí foram só mudanças. “Passei a me alimentar bem, minha mãe ficou muito feliz e eu desenterrei um dom que nem lembrava ter, o desenho. E a vontade de usar drogas foi passando”, comemora. Jonas passou a fazer cursos de desenho oferecidos pela Secretaria de Justiça (Sejus) e as pessoas reconheciam seu trabalho fazendo encomendas. Ele passou a ter perspectiva na vida e três anos e três meses depois de ser preso, ele finalmente conseguiu a liberdade.

E foi ai que a vida deu mais uma reviravolta. Quando se viu livre, Jonas recebeu a proposta de voltar ao presídio, dessa vez para trabalhar. E aceitou. Hoje ele é professor de um curso de desenho dentro da CPPL 2, lugar onde viveu por longos 39 meses. Ele dá aula todos os dias, além de ganhar a vida como artista plástico. “Foi um projeto de Deus, hoje sou casado e tenho uma filha de dois meses. Conto minhas histórias para os presos para inspirar eles a mudarem também, se eles quiserem é possível”, encerra.

“Foram dois anos, cinco meses, 13 dias e cinco horas…”

As paredes em tons de lilás e rosa, diminuem a tensão do local e em meio as grandes do IPF, encontramos Madalena Melo, a Madá. Após quase dois anos e meio presa, hoje ela trabalha na coordenação do núcleo de artesanato do mesmo local. “Foram dois anos, cinco meses, 13 dias e cinco horas na cadeia e desse tempo eu passei dois anos e quatro meses participando dos projetos e oficinas”, relembra.

Durante os dias na prisão, ela costumava pensar no que ia fazer quando saísse de lá. “Eu tinha receio de como me portar no mercado.” Mas assim que ganhou a liberdade ela começou a trabalhar no presídio. “Recebi uma carta de emprego, fui ao juiz e no outro dia já estava de volta, trabalhando”, conta. Hoje ela trabalha oito horas diárias e é responsável pela coordenação dos cinco núcleos do artesanato, entre eles o de bordado. Madalena também cuida da compra de material, além de participar das feiras de artesanato, inclusive em outros estados. E sua família, principalmente seus dois filhos, apoiam totalmente a decisão de trabalhar no instituto.

Madá conta que a primeira vez que voltou ao local onde esteve presa, sentiu o coração acelerado e um nó na garganta, mas a sensação ruim não durou muito. “Quando vi a alegria das meninas em me ter de volta, fiquei tranquila. Esse salário que ganho aqui é o que me sustenta, mas melhor ainda é ajudar nos projetos. Continuo aqui porque acredito na política de ressocialização e na mudança do ser humano, uma vez que ele se permite mudar”, pontua.

E ela sabe que nem todas as meninas que estão lá vão conseguir se ressocializar, mas elas têm consciência de que aprenderam a fazer alguma coisa enquanto prestas e que a mudança só depende delas. “Essas meninas nunca vão poder dizer que não tiverem oportunidade de mudar, aliás tem muita gente aqui fora que não tem as oportunidades que elas tem lá dentro”, finaliza.

Quando foi presa Madalena era cabeleireira e quando se viu encarcerada foi procurar refúgio no trabalho. “Lá aprendi tudo que sei hoje. Sou artesã cadastrada, tenho carteirinha”, orgulha-se. Segundo ela a melhor forma de driblar o tempo dentro do presídio é trabalhando. “É uma terapia, só têm efeitos positivos”, finaliza.

Porta que se abriu

“Cometi um crime em 2003, mas não é por isso que vou ser para sempre um criminoso”, é assim que Cléber Vieira, 35, começa sua história. Ele passou um ano e 11 meses preso na CPPL 2 e lá, como nas histórias anteriores, conseguiu mudar de vida.

Cléber trabalha na CPPL 2, local onde esteve preso (FOTO: Arquivo pessoal)

Cléber trabalha na CPPL 2, local onde esteve preso (FOTO: Arquivo pessoal)

O rapaz relembra que apesar de ter cometido o crime em 2003, seu julgamento só aconteceu no ano de 2010, quando acabou sendo preso. Quando chegou no presídio foi instalado na ala dos evangélicos e decidiu mudar de vida naquele instante. Participou de todos osprojetos ofertados: música, desenho e serigrafia. Mas foi nas aulas de violão que uma porta se abriu para Cléber. “Nas aulas de violão recebi a oportunidade de dar aulas, o que faço até hoje. Foi uma pequena coisa, mas a partir disso tudo melhorou”, conta.

Ele conta que ama tudo que envolve música e arte em geral e hoje trabalha no que gosta, ajudando pessoas, assim como foi feito com ele. “Três vezes na semana estou na CPPL 2para dar aulas e nos outros dias faço testes com os presos, pois eles têm outras atividades e eu corrijo o que foi feito.”

Além de músico, Cléber também trabalha com artes plásticas e se considera a prova viva de que quando o ser humano tem oportunidades e vontade, ele é capaz de mudar para a melhor.

Projetos de ressocialização

Segundo o dicionário ressocializar é tornar sociável aquele que está desviado das regras morais e/ou costumeiras da sociedade. A ressocialização de presos e egressos, ou ex-presos, tem como foco desenvolver qualificações em pessoas que cometeram um crime, mas querem mudar. E é esse o foco dos projetos desenvolvidos pela Coordenadoria de Inclusão Social de Preso e Egresso (CISPE).

As histórias acima são exemplos de ex-pressos que enquanto estavam na cadeia conheceram os projetos de ressocialização e tiveram a chance de mudar de vida. Cristiane Gadelha, coordenadora da CISPE, explica que a coordenadoria foi criada no ano de 2012, mas os projetos existem há vários anos, apesar de em menor quantidade. “Há dois anos temos núcleos voltados exclusivamente para os projetos, inclusive um núcleo que cuida da parte de qualificação dentro dos presídios”, aponta.

São cerca de 14 projetos onde mais de quatro mil presos, entre homens e mulheres, passam por cursos qualificantes que os preparam para o mercado de trabalho fora dos presídios ou dentro, se mesmo em liberdade eles quiserem continuar trabalhando. Cristiane conta que muitos dos assistidos não têm nenhuma habilidade e após os cursos desenvolvem aptidões e vontade de continuar quando saem do cárcere.

Entre os projetos está o Maria, Mariasonde as presas do Instituto Penal Feminino (IPF) participam de cursos de qualificação em áreas como artesanato, culinária, costura e beleza. Ao fim dos cursos todas as participantes recebem certificado e diminuição da pena. “A cada 12 horas de qualificação a presidiária tem um dia a menos na pena”, explica Cristiane. Além disso alguns cursos se tornam oficinas produtivas, onde o que foi aprendido passa a ser confeccionado e vendido, dessa forma as presas são contratadas e a cada três dias de trabalho elas têm menos um dia na prisão.

Outro projeto desenvolvido pela CISPE é oCores da Liberdade onde 30 homens, de alguns presídios, são selecionados para pintar a própria unidade prisional. A seleção é feita a partir do bom comportamento. Eles passam por um curso e recebem certificado de pintor. Cristiane explica que o ramo mais fácil para o egressos conseguirem trabalho quando saem da prisão é o da engenharia civil, por isso, ainda nos presídios os presos passam por cursos profissionalizantes e saem aptos a trabalhar em canteiros de obra. Alguns desses empregos fazem parte do projeto Mãos que constroem, onde os ex-presos trabalham em obras do Governo.

A industrialização dos presídios, onde as empresas se alocam dentro das unidades prisionais e os presos tem a oportunidade de trabalhar, chegando a ter a possibilidade de serem contratado pela empresa após a liberdade, é o projeto de maior destaque da coordenadoria. Cristiane explica que isso é bom para a empresa socialmente e financeiramente. Mas principalmente para os presos, pois eles recebem salários e podem ajudar suas famílias.

Depois que saem da prisão os egressos têm ajuda da CISPE no encaminhamento para empregos, mas a sociedade precisa ajudar, pois enquanto os presos estão dentro do presídio, o governo ajuda e qualifica. Mas quando o preso saí ele precisa da empresa para se contratado e se o egresso não consegue emprego, pode voltar para o crime. Cristiane Gadelha coordenadora do núcleo, “um preso ressocializado é um bandido a menos nas ruas”, finaliza.