SAÚDE: Ricardo lembra comprometimento na economia e reafirma impossibilidade de reajuste

RC lembra comprometimento de 55% da economia e reafirma impossibilidade de reajuste para médicos: “Problema da saúde não se resume só a salário”
O governador Ricardo Coutinho (PSB) declarou mais uma vez, nesta terça-feira (12), durante coletiva à imprensa campinense, que não vai conceder reajuste aos médicos que já estão em greve e aos que ameaçam parar suas atividades. O socialista ressaltou o comprometimento de 55% da economia do Estado com a folha de pessoal do poder executivo, o que impede qualquer tipo de reajuste para as diversas categorias que compõem os órgãos públicos.
Ricardo Coutinho fez um apelo para que os médicos de bom senso não busquem o caminho da paralisação, porque não vai funcionar. “E digo isso com a maior tranquilidade e respeito a todas as categorias, simplesmente o Estado está impossibilitado de conceder reajuste a qualquer categoria”, disse.
O governador argumentou ainda que esse é o momento de se pensar em reestruturar o Sistema de Saúde e disse que é necessário observar que os R$ 640,00 pagos por 12 horas de trabalho não é algo tão pequeno e tão irrisório. “Isso vai ser mantido e nós esperamos ver a normalidade nos hospitais para que a população possa ser atendida”, frisou.
“O problema da saúde não se resume só a salário, aliás, o problema de nenhum setor é só isso. Isso é uma visão completamente equivocada, eu lamento profundamente não ter por parte de algumas categorias uma única proposta que diga respeito à organização no sistema de saúde”, ponderou.
O socialista disse ainda que não vai permitir simplesmente fazer com que todo o Estado e toda a população fiquem refém de 200 ou 300 pessoas e deixem de atendê-los nas unidades hospitalares da Paraíba.
Parodiando o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy, Ricardo Coutinho disse que “O momento é de ao invés de perguntar o que o estado pode fazer por qualquer um, é perguntar o que cada um pode fazer pelo Estado, considerando que o Estado é exatamente a representação coletiva de uma sociedade”.
Coutinho garantiu que o Estado não vai simplesmente ficar assistindo as pessoas voltarem sem atendimento médico das portas dos hospitais. “Nós vamos fazer o bom combate e para isso quero chamar os médicos que tenham essa compreensão e saibam do compromisso que tem com a vida humana, do atendimento ao próximo”, finalizou.
Simone Duarte
PB Agora