A reitora da Universidade Estadual da Paraíba – UEPB, professora Marlene Alves, disse que o Governo não respeitou uma proposta apresentada por ele mesmo, quando se reuniu com os dirigentes da instituição para dizer que o Estado estava em crise e que todos tinham que colaborar para superar a crise.
Marlene fez um histórico das negociações com o Governo, lembrando que em 2010, o Governo José Maranhão mandou para a Assembléia a lei do Orçamento para 2011, respeitando a lei da autonomia e o percentual de 5,77 por cento das Receitas ordinárias do Estado.
Ela disse que a Assembléia aprovou a proposta, reconhecendo um direito da UEPB. Em janeiro de 2011, depois da posse do Governador Ricardo Coutinho, não foi feito o repasse da cota do mês de janeiro e em março também não foi repassada a segunda cota.
No mês de abril, ela contou que o Governo chamou os dirigentes da Universidade para uma conversa, relatou que o estado estava em crise financeira e não tinha condições de fazer os repasses conforme estava definido no orçamento.
A professora relatou que na época, o próprio Governo propôs que fosse estabelecido um patamar para os repasses, garantindo que o resíduo seria pago depois, uma proposta que foi aceita pela comunidade acadêmica.
Ela lembrou que na época foi dito que no mês de setembro de 2011 tudo iria voltar ao normal, o que não aconteceu. Marlene disse em outubro tentou uma audiência com a Secretária da Fazenda Aracilba Rocha não conseguiu, tentou novamente em novembro e dezembro e não teve sucesso em sua investida.
Já em 2012, no mês de janeiro passado, Marlene contou que foi procurada pelo Secretário da Controladoria Geral Luzemar Martins, pedindo para reduzir ainda mais o percentual de calculo do duodécimo e propondo a divisão das cotas em 12 meses.
Ela disse que não aceitou a proposta porque isso iria fazer a UEPB “quebrar”.
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