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quinta-feira, dezembro 13, 2012

PMDB traiu Dilma? Dilma traiu BRASIL por vetos sem sentidos, o mar o que nele está é da União!

O PMDB traiu a presidenta Dilma Rousseff com a atitude do presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP), de colocar em votação o pedido de urgência para apreciação do veto à proposta que muda a distribuição de royalties . Esse foi o entendimento de alguns integrantes da bancada petista e de outros partidos da base durante a tumultuada sessão que aprovou a urgência da votação .

De acordo com deputados próximos ao Executivo, esta avaliação não foi feita somente no Congresso. No Planalto, a leitura é a mesma, principalmente pela ausência de Dilma, que está em viagem à França e à Rússia.

"O que sei é que ela ( Dilma ) está muito chateada com o presidente Sarney", disse um deputado petista, de um Estado não-produtor de petróleo, que pediu para não ser identificado.

O deputado estranhou a atitude "inusitada" de Sarney de convocar a sessão do Congresso e de articular para que o requerimento de urgência fosse aprovado. "O veto chegou aqui na sexta-feira à noite e o requerimento de urgência foi votado na quarta. Nunca vi isso antes. É uma atitude inusitada do presidente José Sarney. Um gesto duríssimo de Sarney contra Dilma", criticou.

"Nunca se vê votar veto aqui no Congresso. Há vetos que aguardam há 20 anos para serem apreciados", ressaltou.

Outra atitude de Sarney condenada pelos que defendem a aliança prioritária firmada entre PT e PMDB com vistas à 2014 foi de adiar a sessão do Congresso , anteriormente marcada para a terça-feira, alegando conflito de horário com uma sessão da Câmara.

Na terça, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), responsável por colher os apoios para a derrubada do veto na Câmara, não havia conseguido as 257 assinaturas de deputados necessárias para a apresentação do requerimento de urgência. Apenas 180 deputados haviam assinado o requerimento.

"O veto foi gestado dentro do PMDB", avaliou outro deputado da base. "Talvez não abale a aliança neste momento mas, com certeza, contará caso outras traições ocorram", disse o deputado.

A postura do vice-presidente Michel Temertambém foi alvo de crítica. Antes da convovação da sessão do Congresso, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, chegou a se reunir com Temer para tratar da questão dos royalties e também da medida provisória que reduz o valor das contas de energia elétrica.

Temer teria ficado de conversar com a bancada sobre os dois assuntos, atitude que, segundo interlocutores do Planalto, não ocoreu. "Houve um cruzar de braços", avaliou um quadro do próprio PMDB. "A eleição passada foi a dos prefeitos, a próxima é a nossa", ponderou.

A sessão do Congresso que aprovou a urgência para apreciar o veto foi tumultuada. Presidida pela vice-presidente da Câmara Rose de Freitas (PMDB-ES), a votação ocorreu em meio a gritos, empurrões e ânimos acirradíssimos .

Rose chegou a ser criticada pela bancada de seu Estado por não ter se utilizado de artifícios regimentais para conduzir a votação. "Só se eu rasgasse o regimento" argumentou.

O Espírito Santo é um Estado produtor de Petróleo e, junto ao Rio, perde receita com a possível derrubada do veto.

Segundo Rose, durante a sessão de hoje, havia uma articulação para que o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) assumisse a presidência. O senador Moka foi um dos principais articuladores para que Câmara e Senado votassem o requerimento de urgência.

"Estavam articulando para colocar o Moka para presidir a sessão. Por isso eu decidi e informei ao Plenário do Congresso que só iríamos votar o requerimento de urgência, e que o veto seria votado em uma outra sessão. A ideia deles ( dos contrários ao veto ) era votar no mesmo dia o requerimento de urgência e a derrubada do veto", explicou Rose.

A urgência foi aprovada por 348 votos favoráveis de deputados e 61 senadores. O grupo contrário somou 84 deputados e 7 senadores. A sessão do Congresso para analisar o veto está marcada para a próxima terça-feira. Agora, as bancadas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo recorrerão ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a sessão.

IG Brasília

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