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quinta-feira, agosto 09, 2012

Operação-padrão da PF provoca filas no aeroporto de Guarulhos

Os passageiros de voos internacionais enfrentam filas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, em função da operação-padrão dos policiais federais que começou na tarde desta quinta-feira. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Federal de São Paulo, Alexandre Santana Sally, as filas ocorrem na área de embarque, especialmente no terminal 2.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) confirmou que o movimento está causando problemas no embarque de passageiros. Até as 19h, o aeroporto registrava um índice de 19,7% de atrasos nos voos internacionais - 14 das 71 partidas saíram fora do horário previsto.

De acordo com Sally, a operação-padrão é uma forma de demonstrar a falta de pessoal para atividades como de fiscalização de bagagem, vistoria de porões de aviões e segurança do aeroporto. "Nós não temos estrutura para atender a grandes demandas, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas", disse. A categoria entrou em greve na última terça-feira e reivindica melhoria nas condições de trabalho e reajuste salarial.

A operação também ocorre no porto de Santos, mas, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o movimento ainda não repercutiu nas atividades portuárias. Na manhã de hoje, haviam 74 navios fundeados (que aguardam para entrar no porto) e 36 navios atracados, o que é considerado uma situação normal.

O movimento grevista
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto, é contestado pelo governo.

Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.

O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o "espaço orçamentário" para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.

No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas. O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os funcionários parados.

Agência Brasil

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