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quinta-feira, agosto 30, 2012

Em assembleia, professores da UFPB rejeitam mais uma proposta e continuam em greve

Os docentes estão em greve desde o dia 17 de maio deste ano e realizarão nova assembleia na próxima quarta-feira.

Assembleia realizada nesta quarta-feira

Assembleia realizada nesta quarta-feira

Em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (29), os professores da Universidade Federal da Paraíba rejeitaram mais uma proposta do Governo Federal e decidiram por continuar com o movimento grevista. Desta vez, foram 185 votos a favor da greve, 90 contrários e nenhuma abstenção.

Os docentes estão em greve desde o dia 17 de maio deste ano e realizarão nova assembleia na próxima quarta-feira, dia 05. A proposta do Governo Federal foi feita no dia 24 de julho, mas, segundo a categoria, ela não menciona a reestruturação da carreira, uma das principais reivindicações.

Na última sexta-feira (24), quando a greve dos professores federais completou 100 dias, o Comando Nacional protocolou a contraproposta do ANDES – Sindicato Nacional nos ministérios da Educação e do Planejamento e na Presidência da República.

O documento foi entregue ao chefe de gabinete da Secretaria Geral da Repblica, Manoel Messias de Souza Ribeiro, que se comprometeu em buscar canal de interlocução junto ao Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, no intuito de obter uma resposta ao movimento grevista em relação à contraproposta.
“Até o momento, o MEC e o Planejamento não se dispuseram a nos receber para conversar sobre a contraproposta. Tudo o que temos ouvido do governo é através da imprensa. Além de intransigente, é uma atitude desrespeitosa com os professores federais deste país”, disse Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN.

Mais que a busca por melhores salários, os docentes lutam pela reestruturação da carreira docente, além da melhoria nas condições de trabalho e ensino. Entre os problemas de infraestrutura enfrentados pelos professores estão a falta de estrutura física, como laboratórios, bibliotecas, salas de aulas e até mesmo material básico de higiene, além de obras abandonadas, algumas há mais de dois anos. Além disso, houve um aumento considerável no número de alunos sem a contrapartida da realização de concurso público para a contratação de docentes e técnicos.
Contraproposta - O texto do documento entregue pelo ANDES com a contraproposta da categoria foi aprovado pela categoria nas assembleias de base. Ela reduz os valores da malha salarial, aceitando o piso e teto propostos pelo governo, e também reduz os degraus entre níveis remuneratórios de 5% para 4%, preservando a natureza do trabalho acadêmico, conforme a proposta de carreira docente do ANDES-SN.

Servidores

Na última segunda-feira (27), os cinco mil servidores técnicos administrativos da UFPB e UFCG retornaram ao trabalho depois de 76 dias em greve. Para compensar os dias parados, cada setor fará um plano. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintes-PB), Severino Ramos, informou que os funcionários poderão até trabalhar uma hora a mais, dependendo da programação de cada unidade.

O retorno ao trabalho foi tomado na terça-feira (21) quando a categoria aceitou a proposta do governo que concede reajuste de 15,8%, escalonado nos anos de 2013, 2014 e 2015. Segundo Severino Ramos, os cinco campi da UFPB (João Pessoa, Areia, Bananeiras, Rio Tinto e Mamanguape) que têm 3.500 servidores e os sete da UFCG (Sumé, Campina Grande, Pombal, Sousa, Cajazeiras, Cuité e Patos) com 1.500 funcionários voltaram a funcionar normalmente. No entanto, ele pontuou que se o Governo Federal não cumprir com o que ficou firmado a greve poderá retornar.

Portal Correio Uol

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