Siga-nos Você Também!

quinta-feira, novembro 17, 2011

Taxa de analfabetismo da PB é o dobro da do País

Do: Paraíba Hoje

Tássio Ponce de Leon e Márcia Demetnshuk

imageEm 10 anos, a Paraíba reduziu o índice de analfabetismo, passando de 27,6% (2000) para 20,2% (2010). Apesar do avanço, a Paraíba ainda tem 638.866, sendo o 3º Estado do País com maior percentual de analfabetos com mais de 10 anos, segundo o Censo 2010, divulgado, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual de pessoas sem saber ler e escrever na Paraíba é duas vezes maior do que o índice do Brasil (9%).

O estudo mostra ainda que os paraibanos têm a 5ª menor renda média mensal domiciliar do País (R$ 1.440), ganhando três vezes menos do que o Distrito Federal, líder nesse quesito (R$ 4.635). O País registrou renda de R$ 2.222, valor 54% superior à média paraibana.

2º do NE com menor índice de óbitos
A Paraíba é o segundo Estado nordestino com menor índice de mortes entre as pessoas menores de 1 ano de idade (3,2%). A média nacional neste quesito é de 3,4%. Porém, a Paraíba é o 2º Estado do País a registrar o maior índice de óbitos entre pessoas de 70 anos ou mais (48,8%), estando somente o Rio Grande do Norte a nossa frente (50,2%).

Segundo aponta o IBGE, isso se deve porque esses dois Estados podem ser caracterizados como expulsores de população e, como as saídas se concentram nas idades mais jovens, especialmente no grupo de 20 a 24 anos, os que permanecem na localidade são os mais idosos.

Mortes por sexo
Os números mostram também que a Paraíba é o Estado do Nordeste com menor número de óbitos na razão entre homens e mulheres. Estamos abaixo da média nacional, que é de 133,4 mortes de homens para cada 100 óbitos de mulheres. Na Paraíba, para cada 100 mulheres mortas, morreram 127,4 homens. Entretanto, tomando como referência a faixa etária entre 20 e 24 anos, somos o 2º Estado do Brasil onde mais homens morreram: foram 581,6 para cada 100 mulheres. Nesse ponto, a média nacional é de 419,6 mortes de homens para cada 100 mulheres. Ficamos atrás apenas de Alagoas, que registrou 798 mortes.

Idade por domicílio
Os dados do IBGE mostram que, hoje, a média de idade dos paraibanos por domicílio cresceu 21%, sendo de 31,9 anos. As estatísticas de 1991 revelam que a média era de 26,2 anos. As diferenças entre as zonas urbana e rural não são destoantes, sendo 32 e 31,4 anos respectivamente. A Paraíba fica abaixo da média brasileira, que é de 32,1 anos.

Brancos e negros
Outro dado curioso é que somos o 2º Estado nordestino onde mais pessoas se declararam brancas (39,8%). A proporção de pessoas que se declararam de cor ou raça preta (5,7%) nos coloca apenas como o 7º da região e, de cor ou raça parda, como o 8º (52,7%). No Brasil, 47,7% se declararam brancos, 7,6% de cor ou raça preta e 43,1% pardos.

Mangabeira tem maior nº de casais gays, mas Seixas lidera em percentual
Dados divulgados ontem pelo IBGE no Censo 2010 revelam que 888 casais do mesmo sexo declararam que compartilham a responsabilidade dos lares na Paraíba. Desses, 326 são formados por homens e 562 por mulheres. Em João Pessoa, moram 396 casais homossexuais e 115 em Campina Grande. Na Capital, os casais homoafetivos estão presentes em 60, dos 63 bairros, ou seja, em 95% dos bairros de João Pessoa moram casais formados pelo mesmo sexo.

Em João Pessoa, nos bairros de Expedicionários, Barra de Gramame e Penha, todos os casais se declararam heterossexuais. Em Mangabeira, está o maior número de domicílios onde residem casais homossexuais: 47. Contudo, o bairro condensa 75,9 mil habitantes (0,06%).

Mas proporcionalmente a Ponta do Seixas tem o maior percentual de casais gays (com 0,84%). São 474 moradores e quatro lares são formados por cônjuges do mesmo sexo. Em seguida, vêm Anatólia (0,17%), São José (0,16%), Tambiá (0,16%), Cidade dos Colibris (0,12%), Jardim São Paulo (0,11%) e Cabo Branco (0,10%).

Ainda na Capital, em Manaíra, existem 25 casas sob a responsabilidade de casais homoafetivos e no Jardim Cidade Universitária, são 20, representando o segundo e terceiro bairros com o maios número de casais do mesmo sexo que vivem juntos. Em termos proporcionais estes bairros possuem, cada um, quase um domicílio com companheiros do mesmo sexo para cada 10 mil.

Campina Grande
Em Campina Grande, onde 115 companheiros homossexuais declararam ao Censo que dividem as responsabilidades da casa, 11 deles vivem nas Malvinas, o bairro com o maior número de casas com essa característica. Dos 50 bairros pesquisados, apenas em nove deles não foi registrada união do mesmo sexo na residência: Araxá, Castelo Branco, Cuités, Estação Velha, Jardim Tavares, Louzeiro, Novo Bodocongo, Ramadinha e Serrotão.

image


Nenhum comentário:

Postar um comentário