A “guerra” interna no PMDB da Paraíba parece estar longe de chegar ao fim de forma pacífica e consensual. Isto porque o ex-governador José Maranhão tem dado sinais de que não abre mão da disputa pela presidência estadual, ao mesmo tempo em que lideranças como Gervásio Maia, Manoel Junior e Wilson Santiago têm deixado claro que não o aceitam mais no comando da legenda.
Wilson Santiago, aliás, é o nome sugerido internamente para enfrentar Maranhão na disputa, cujo desfecho acontecerá no próximo dia 18, na convenção estadual. O deputado estadual Gervásio Maia sugere que Maranhão seja o presidente de honra do PMDB e que o comando da legenda passe para Wilson Santiago ou para o prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo.
Maranhão defende uma chapa consensual que una todos os grupos do PMDB, mas com ele na presidência do partido. Ele disse que existe um movimento que defende seu nome para presidente do PMDB, com Veneziano para vice e para candidato a governador do Estado em 2014.
“Vamos compor com os grupos. Os deputados federais, deputados estaduais e prefeitos de cidades importantes ficam na Executiva Estadual. Já os prefeitos das demais cidades farão parte do Diretório Estadual”, disse José Maranhão, acrescentando ter conversado com Veneziano e com o senador Vital do Rêgo Filho sobre o assunto e que os dois concordam em contemplar todos os grupos internamente.
O ex-governador disse, ainda, que todas as bases do PMDB querem seu nome para presidente do partido. “Todas as bases querem meu nome, inclusive este grupo (formado por Vital e Veneziano), que assinou um manifesto que está em minhas mãos”, reforçou Maranhão.
Por outro lado, o deputado Manoel Junior disse que tem lutado pela pacificação. “Mas isso não cabe só a mim. Espero que cada peemedebista tenha discernimento para chegar ao dia 18 de dezembro- dia da convenção estadual- com um partido pacificado e chapa única”, disse.
Segundo ele, a alternância de poder é importante e precisa ser realizada no PMDB da Paraíba. “O PMDB precisa mudar para encontrar o seu caminho, para encontrar o caminho da vitória. Por isso, defendo que haja recuo dos dois grupos que estão na disputa para que possamos chegar ao consenso”, frisou Manoel Junior.
Gervásio Maia disse que Maranhão já teve a oportunidade de comandar o PMDB e que chegou a hora da renovação. “O momento agora é de dar oportunidade para outras pessoas”, disse Gervásio, que defende o nome de Wilson Santiago para presidente. Indagado se concordaria que o PMDB fosse presidido por Veneziano, eles respondeu: “É um nome extraordinário. Por que não?”.
Gervásio disse que não seria nenhum demérito para Maranhão ser presidente de honra do PMDB da Paraíba. Ele lembrou que o ex-presidente Lula é presidente de honra do PT nacional e ninguém dá um passo no partido sem consultá-lo. Para Gervásio, Maranhão é um grande líder, mas não pode tomar as decisões sozinho.
Correio da Paraíba
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