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segunda-feira, setembro 17, 2012

Hezbollah convoca protestos contra filme que satiriza Maomé

O chefe do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, discursa na emissora do grupo, a Al Manar, em 16 de setembroO chefe do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, convocou os muçulmanos do Líbano a protestar contra o filme que satiriza o profeta Maomé com manifestações a partir desta segunda-feira.

"Mostrem ao mundo inteiro nossa ira e nossa voz, nesta segunda-feira e nos dias seguintes", declarou o líder do poderoso movimento xiita em discurso transmitido pela Al Manar, a TV do Hezbollah.

Nasrallah convocou um protesto nesta segunda-feira para o subúrbio sul de Beirute, na quarta-feira para a cidade de Tiro (sul), na sexta em Baalbeck (leste), no sábado em Bent Jbeil (sul) e no próximo domingo para Bekaa.

O líder do movimento xiita se dirigiu aos muçulmanos de todo o mundo pedindo que reajam ao filme que descreveu como "o pior ataque contra o Islã, pior ainda que 'Os versos satânicos' (livro de Salman Rushdie publicado em 1988), que a queima de exemplares do Alcorão no Afeganistão ou as caricaturas do profeta Maomé" publicadas por um jornal dinamarquês.

Hassan Nasrallah prometeu que "os que escreveram, dirigiram e produziram este filme serão castigados; não importa onde estejam, ninguém poderá protegê-los".

O filme "A Inocência dos Muçulmanos", produzido nos Estados Unidos e que mostra o profeta Maomé como imoral e brutal, provocou violentos protestos diante das representações diplomáticas americanas no Cairo e em Benghazi na terça-feira passada, que depois se espalharam a outros países.

Em Benghazi, o protesto deu lugar a um ataque com armas pesadas contra o consulado dos EUA que matou quatro funcionários americanos, inclusive o embaixador Chris Stevens.

Na sexta-feira, o principal dia de oração do Islã, os protestos sacudiram Iraque, Irã, Iêmen, Egito, Síria, Marrocos, Argélia, Tunísia, Sudão e Líbano, além de vários países muçulmanos na Ásia, deixando ao menos doze manifestantes mortos.

No sábado, a Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) convocou os muçulmanos a seguir atacando as representações diplomáticas e interesses dos Estados Unidos em todo o mundo para protestar contra o filme.

Neste domingo, o presidente do Congresso Nacional Líbio, Mohammed al-Megaryef, disse à rede de televisão CBS que o ataque contra o consulado em Benghazi foi realizado por estrangeiros.

"Foi premeditado e, definitivamente, planejado por estrangeiros, por gente que entrou no país há alguns meses", afirmou Al-Megaryef, ao anunciar a prisão de 50 pessoas por envolvimento no ataque.

Já a diplomata americana nas Nações Unidas, Susan Rice, estimou que a ação em Benghazi "foi uma reação espontânea, sem premeditação, ao protesto iniciado no Cairo, onde horas antes havia ocorrido uma violenta manifestação contra este vídeo extremamente chocante".

"Pensamos que um pequeno grupo foi ao consulado imitando o que ocorreu no Cairo (...) e parece que extremistas fortemente armados aproveitaram a situação", disse Rice à rede de televisão ABC.

"Não vemos neste momento sinais de um plano coordenado, de ataque premeditado" contra os interesses dos Estados Unidos, concluiu Rice.

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