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segunda-feira, julho 02, 2012

Para evitar cassação, Demóstenes pede perdão no Senado

Apenas três senadores acompanharam o primeiro de uma série de discursos que o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) realiza a partir desta segunda-feira (2/7) no plenário do Senado Federal até o dia 11 de julho. Uma semana antes de ser julgado por colegas, que votarão o processo de cassação do senador, Demóstenes decidiu quebrar o silêncio na tentativa de manter seu mandato na Casa.

Apelando para a emoção, o senador citou o seu sofrimento por ter sido exposto na mídia nacional. “Minha saga é buscar em jornais e TVs os cacos da minha biografia”, disse ele. “É impossível descrever a dor que esses ataques causam em mim”, continuou.

Apenas três senadores estavam em plenário

Demóstenes criticou o vazamento de escutas telefônicas feitas sem autorização judicial e reclamou da falta de uma perícia que confira o que foi gravado e transcrito. “Tudo que conseguiram em 250 mil horas de gravação foram frases soltas”, avalia Demóstenes. Ele reafirmou sua amizade com Carlos Cachoeira, mas reforçou que não trabalhou em esquemas ilegais com o bicheiro. “Eu não coloquei meu mandato a serviço de Cachoeira, e sim a serviço das forças produtivas do meu estado e do meu Brasil”, disse. “Nunca recebi vantagens em troca de minhas ações no Senado”, concluiu.

“Aproveito para me desculpar com senadores e senadoras que se sentem decepcionados comigo. Já dei as explicações”, disse Demóstenes que seguiu pendindo desculpas nominais. Ele citou e pediu perdão nominalmente aos 44 senadores que o apartearam no dia 6 de março.

Em março, uma semana após a relação de Demóstenes e Cachoeira ser exposta pela Polícia Federal, o senador apresentou sua defesa ao Conselho de Ética. Na última semana, o Conselho votou por unanimidade pela cassação do mandato de Demótenes Torres, apontando o uso do mandato do Senado Federal no esquema ilegal comandado pelo bicheiro.

Correio do Povo

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