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sexta-feira, julho 19, 2013

Conselho Federal de Medicina decide deixar comissões do governo

 

Insatisfação com Mais Médicos e vetos a Ato Médico motivou a decisão.
Federação Nacional dos Médicos também anunciou saída dos colegiados.

Fabiano Costa / Do G1, em Brasília

O presidente do CFM, Roberto d'Ávila, em entrevista à imprensa no dia 12 de julho (Foto: Valter Campanato/ABr)O presidente do CFM, Roberto

O plenário do Conselho Federal de Medicina (CFM) decidiu nesta sexta-feira (19) que a entidade irá se retirar de todas as comissões e grupos de discussão gerenciados pelo governo federal sobre temas ligados à classe médica. O anúncio do conselho que representa os médicos brasileiros ocorre no mesmo dia em que a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) informou sua saída dos colegiados federais.

A categoria reclama de ter sido traída pelo Executivo por conta dos vetos parciais da presidente Dilma Rousseff à Lei do Ato Médico, que determina atividades exclusivas aos profissionais da medicina. Os 28 conselheiros da entidade médica referendaram a proposta apresentada pela direção em reunião nesta manhã, na sede do CFM.

Os representantes dos médicos também se incomodaram com a publicação, na semana passada, da medida provisória que criou o programa Mais Médicos. A iniciativa do governo pretende contratar 10 mil médicos suprir regiões do interior do país e das periferias de grandes cidades que registram déficit de profissionais.

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Segundo a assessoria do Conselho de Medicina, a decisão de deixar as comissões já havia sido discutida na última quarta (17), durante encontro dos presidentes de entidades médicas do país. O tema, contudo, foi submetido nesta sexta ao plenário do CFM.

Em entrevista à imprensa no dia 11 de julho, o presidente do Conselho de Medicina, Roberto Luiz d'Avila, disse que há uma crise entre a categoria e o governo federal.

“Dizer que não há [crise] seria mentira. O diálogo fica muito difícil. Traição é inadmissível em política. Nós nos sentimos traídos não só pelas outras profissões, mas pelo próprio ministro da Saúde [Alexandre Padilha]. Não há mais confiança. Em qualquer relacionamento humano, a perda de confiança gera grave crise de relacionamento”, reclamou D'Ávila.

Nesta sexta, o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Geraldo Ferreira Filho, também convocou a imprensa para anunciar a saída da entidade de todas as comissões de negociação com o governo.

"O governo quer nos atropelar com as suas decisões para a categoria, mas estamos mostrando que nos mantemos firmes. A tensão está sendo aumentada [...]. A interlocução com o governo ainda não acabou por completo, mas está caminhando para isso", enfatizou Ferreira Filho.

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