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terça-feira, agosto 06, 2013

Ney Franco abre o jogo contra Rogério Ceni dentro do SFC


O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Um dos maiores ídolos do São Paulo, Rogério Ceni está mais "preocupado em quebrar marcas individuais" do que em atuar como um verdadeiro capitão, "participa da vida política do clube" e "mina" as contratações que não lhe agradam, a ponto de ter "fritado" Paulo Henrique Ganso. As afirmações foram feitas pelo técnico Ney Franco, demitido do clube há um mês, em entrevista publicada nesta terça-feira no jornal O Globo.
Relação entre Ney Franco e Ceni se deteriorou - Daniel Teixeira/Estadão
Daniel Teixeira/Estadão
Relação entre Ney Franco e Ceni se deteriorou
O treinador vinha evitando as entrevistas, mas as críticas públicas que recebeu de alguns jogadores parecem ter tirado a paciência do (quase) sempre calmo Ney Franco. O técnico fez uma avaliação positiva de seu trabalho à frente do São Paulo, dizendo que Jadson e Osvaldo cresceram sob seu comando e que Lucas estourou para o futebol quando ele treinava o time. Mas disparou contra Rogério Ceni.
"Ele extrapolou o limite. Até participa da vida política do clube, há uma disputa por seu apoio político", afirmou Ney. "Em 2013, não tive nele o capitão de que precisava. Havia a preocupação de quebrar marcas individuais. Até em contratações: se chega um nome que é do interesse dele, ele fica na dele; se não é, reclama nos corredores. E isso chega aos contratados, como Ganso e Lúcio."
O técnico Ney Franco disse ainda que o meia percebeu o ambiente e que isso pode estar prejudicando seu desempenho em campo. "Havia uma fritura por trás e pode atrapalhar. Nos corredores, era o que se escutava, que quando Ganso jogava, o time tinha um jogador a menos." As críticas ao goleiro não pararam por aí. "Se está bom para o Rogério, este profissional vai bem. Se não, se chega um profissional que ele não concorda, a tendência é ser minado. E nos dois últimos meses de trabalho eu sabia que havia interesse de parte do grupo na minha saída. Depois, Rogério disse que meu legado no clube foi zero."
Coincidentemente, as afirmações de que Rogério Ceni tem poder sobre os demais jogadores também foram dadas pelo meia Souza - que atuou no clube entre 2003 e 2008 e hoje está na Portuguesa - em entrevista ao diário Lance! desta terça-feira também. "Já vi Rogério voltar de jogo, no intervalo, e comentar: 'Vamos fazer isso e isso', diferentemente do que o técnico tinha falado, e nós fazíamos. Porque a gente sabia que, se fizesse o que ele queria, ganhava o jogo. Sei que vai dar polêmica, mas é verdade." 

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