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sábado, junho 11, 2011

Após três meses, Japão faz homenagem às vítimas do tsunami que matou quase 24 mil pessoas

Desabrigados cobram do governo mais agilidade na reconstrução do país

EFECom R7

Yuriko Nakao /Reuters/11.06.2011Yuriko Nakao /Reuters/11.06.2011

Protesto contra o uso da energia nuclear lotou as ruas de Tóquio e marcou os três meses da tragédia

Três meses depois do terremoto e do posterior tsunami que assolou o nordeste do Japão, várias cidades lembraram, neste sábado (11), os 23.639 mortos e desaparecidos do desastre.

Além dos atos em homenagem às vítimas, foram realizados diversos protestos contra o uso da energia nuclear no país e pela agilização das obras de reconstrução das áreas afetadas. Isso porque, o terremoto provocou o vazamento nuclear na usina de Fukushima, que entrou em colapso após ser atingida por ondas gigantes - o que causou a pior crise nuclear mundial desde o acidente de Chernobyl (Ucrânia, antiga URSS) em 1986.

Na cidade de Ishinomaki, na província de Miyagi e uma das mais afetadas pela tragédia, residentes e voluntários alçaram cerca de 2.000 estandartes enviados por todo o país em memória das vítimas. Nesta mesma cidade, os pescadores e trabalhadores portuários lembraram seus companheiros mortos com um minuto de silêncio entre as tarefas de reconstrução do porto, informou a TV estatal NHK.

Em Yamada, na província de Iwate, o prefeito enviou uma mensagem a todos os moradores por meio dos alto-falantes de emergência para encorajá-los a "seguirem juntos" na recuperação da cidade.

Três meses depois do terremoto de 9 graus na escala Richter, ocorrido em 11 de março, mais de 90 mil pessoas ainda vivem em abrigos, já que só foram construídas 28 mil das 52 mil casas temporárias previstas pelo governo.

Além disso, muitos dos desabrigados rejeitaram se mudar para essas casas alegando que faltam serviços básicos necessários, ao contrário do que ocorre nos centros de voluntários.

Segundo uma enquete divulgada neste sábado pela NHK, 77% das 500 pessoas retiradas das zonas afetadas ouvidas pela pesquisa disseram acreditar que a reconstrução não progride ou que é realizada sem a rapidez necessária.

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