Do Atarde on line
Divulgação / Polícia Civil
Loja de tecidos abriu normalmente nesta quinta
A polícia aguarda o final das investigações para incinerar os 830 kg de lixo hospitalar apreendidos na loja Agreste Tecidos, no centro de Ilhéus (a 433 km de Salvador), que comercializava o material. Entre os objetos recolhidos, lençóis, fronhas, calças, camisas, vestimenta própria para cirurgia, jalecos e lenços. Algumas peças, segundo a polícia, apresentando manchas parecidas com as de sangue humano e outras com a inscrição “infectante”.
“Vamos investigar, por meio das logomarcas estampadas nos tecidos, a origem desse material para saber a procedência e de que forma chegava aqui”, informou a delegada Andréa Oliveira, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), que investiga o caso.
No final da manhã desta quinta,20, um perito do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Ilhéus, que não quis se identificar, esteve no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), onde o material está armazenado, e recolheu algumas peças. “A amostra será encaminhada ao laboratório para análise”, explicou.
Enquanto isso, a loja onde o material foi apreendido, na Rua Almirante Barroso, reabriu normalmente, e muitos clientes compravam tecidos no local. “Não sabia que essa loja vendia lixo hospitalar”, surpreendeu-se uma senhora que tentava comprar no estabelecimento.
Funcionários, que não quiseram comentar o fato, apenas indicaram o nome de Edmilson – que seria o dono da loja – e um telefone celular para contato, mas todas as chamadas feitas pela reportagem caíam na caixa de mensagem.
Depoimentos - Ainda na quarta-feira, Bruno Santos, filho do proprietário da Agreste Tecidos, disse na delegacia que as peças eram compradas como retalhos em empresas do Sul do País e revendidas em Ilhéus como roupas usadas.
Nesta quinta à tarde, uma fiscal da Vigilância Sanitária que acompanhou a operação policial foi ouvida na delegacia. “A oitiva dela é só para materializar a apreensão do material”, disse a delegada. Quanto ao proprietário da loja, a policial explicou que será indiciado no Artigo 56 da Lei 9.605/ 88, de crimes ambientais, cuja pena é de 1 a 4 anos de prisão.
A titular da DRFR informou ainda que ficou sabendo que “em outras cidades também existe comercialização de material semelhante. E já acionamos outras coordenadorias de polícia para apurar a informação”, disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário