Segundo Newton Marinho, as reservas mundiais de fósforo são insuficientes para a produção do bio-combustíveis
Engenheiro Newton Marinho durante a palestra na "Semana de Agronomia" (Crédito: CCA/UFPB)
Você sabia que além das benesses, a produção de bio-combustíveis no Brasil e no mundo esconde certos perigos para a população. O assunto é polêmico, e foi tema de palestra proferida pelo engenheiro agrônomo Newton Marinho Coelho, durante a “Semana de Agronomia” da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no último dia 13, no Campus II, em Areia.
Segundo o técnico paraibano, as reservas mundiais do fósforo (principal insumo da agricultura) não são mais suficientes para a produção de alimentos no planeta a fim de atender uma população estimada de 8,7 bilhões de habitantes em 2050. “Quanto mais com um acréscimo da agricultura visando à produção de bio-combustíveis como se propala”, disse.
“O fósforo é responsável por inúmeros eventos fisiológicos no vegetal e em hipótese alguma pode ser substituído por outro elemento químico. É um nutriente essencial e como tal é exclusivo. São leis da natureza e por conseguinte imutáveis”, explicou o agrônomo.
Exibindo vasta documentação científica sobre o tema, o que mais chamou atenção foi à longevidade das reservas de fósforo tecnicamente viáveis no planeta, previstas para o esgotamento total em apenas 94 anos segundo dados da instituição mais credenciada do mundo que é o USGS (United States Geological Survey) - Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Ao final, o palestrante apontou ainda sobre várias ações a serem iniciadas de imediato nas áreas de educação, química e genética, visando atenuar o problema futuramente. “Caso contrário, o planeta enfrentará em breve uma catástrofe de consequências imensuráveis. Segundo o cientista da Embrapa, Napoleão E. Beltrão, diante de um problema tão sério, pouco se escuta falar sobre isso”, concluiu.
Ângelo Medeiros
WSCOM Online
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