A moda entrará em cena, mais uma vez, nestas segunda e terça (28 e 29), no Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), durante o evento “Moda é coisa de Cinema”.
O evento será realizado pelo curso de Design de Moda do Unipê e acontecerá, a partir das 18h00, na Teciteca Zuzu Angel, localizada no curso, no campus da instituição, no bairro de Água Fria, na Capital.
Segundo a coordenadora do curso de Design de Moda do Unipê, professora Gabriela Maroja Jales, o evento pretende mostrar que moda e cinema têm uma forte ligação, além do que moda também é cultura. Para ela, nas passarelas e nas telas, moda e cinema andam juntos, criando narrativas, contando histórias e servindo de inspiração para jovens estudantes e futuros designers.
“Esta iniciativa de estreitar a linguagem entre moda e cinema também servirá para levar os alunos a outras possibilidades de fontes de pesquisa e criação. Os alunos do 3º período do curso estão criando, em seu projeto interdisciplinar, produtos de moda inspirados no cimema paraibano, como roupas, bolsas e bijus”, informou a professora Gabriela Maroja.
Nesta terça-feira (29), a partir das 16h00, nas Salas do Curso Design de Moda do Unipê, haverá a exibição dos filmes “O Baile” e “Caderno de Notas sobre Roupas e Cidades”.
Confira a Programação:
Dias: 28 e 29 de março
Horário: 18h00
Local: Teciteca Zuzu Angel (Curso Design de Moda Unipê)
Segunda - Dia 28.03/ hora: 18h00
Tema: Telas Parahybanas
Convidados:
Torquato Joel- Jornalista, produtor e cineasta Pb
Ana Bárbara- Jornalista, cineasta e gerente de difusão do Audiovisual da Secretaria de Cultura do Estado da PB
Everaldo Pontes- Ator PB
Exibição de curtas-metragens made in PB
Terça - Dia 29.03/ hora: 18h00
Tema: O cinema tá na moda!
Convidados:
Carlos Adriano- Historiador e professor da UEPB
Caroline Oliveira – Jornalista, estilista e figurinista (PE)
Exibição de filmes:
Hora: 16h00
Local: Salas do Curso Design de Moda
- Filme “O Baile” (1983, Itália, França/Direção: Ettore Scola)
Apresentação: profa. Gabriela Maroja
Sinopse: É um filme envolvente, cuja principal característica é a de não ter diálogos. Toda a história do filme é narrada através da música, da dança e da mímica. O filme começa em 1936, com o surgimento da Frente Popular dando força a classe trabalhadora. Em seguida, é retratado o período de ocupação nazista, durante a 2ª Guerra Mundial; em 1944, quando Paris é libertada pelas forças aliadas, um oficial alemão e um colaborador são repelidos, enquanto um membro da resistência é recebido como herói, ao mesmo tempo em que explode a música americana, no estilo Glenn Miller; em 1946, soldados americanos trazem meias de seda e o jazz; em 1956, chega o rock' n' roll; em 1968, estudantes radicais tomam conta do abandonado salão de baile; em 1983, é a vez da música disco. O baile termina melancolicamente.
- Filme “Caderno de Notas sobre Roupas e Cidades” (1989/Direção: Win Wenders) - Apresentação: Prof. Alexandre Nepomuceno
Sinopse: A obra foi encomendada pela Pompidou, uma empresa francesa, que queria um filme sobre o “Mundo da Moda” no Japão. Wenders, então, escolheu Yohji Yamamoto, renomado estilista japonês, para ser o protagonista desse diário. Pela proposta nada exagerada, poderia se esperar um filme simples. Wim Wenders, entretanto, nos traz uma obra cheia de inquietações sobre o mundo além do referente à moda.
O filme se passa no final dos anos 80, período imerso à constituição de uma linguagem videográfica. O que Wenders faz é juntar essa nova linguagem com a cinematográfica, dando início a um hibridismo, uma aproximação de mundos distintos. Antes, até, da escolha da forma, o simples fato de um alemão, subsidiado por uma empresa francesa, fazer um filme sobre um japonês já se dá como um fato heterogêneo. A solução foi usar essa mistura formal e a língua universal, o Inglês, aproximando os séculos XIX e XX dos anos 80, o Ocidente do Oriente. Uma cena aparece como síntese dessa ideia: em uma mesa podemos ver, em primeiro plano, um livro de fotografia de Sander sendo folheado por Wenders e no fundo, do lado direito, um monitor com a imagem de Yamamoto, folheando o mesmo livro, mas no sentido oposto (no Japão lê-se assim), apresentando as “diferenças do Ocidental e do Oriental” (CARVALHO, A e MATSUZAWA, R p.5. Fonte: http://www.ufscar.br/rua/site/?p=842).
Nenhum comentário:
Postar um comentário