Em greve há mais de duas semanas, os representantes do Sindicato dos Trabalhadores de Ensino Superior da Paraíba (SINTESP-PB) e da Associação de Docentes (ADUEPB), resolveram colocar o governo do Estado na mesa de negociação para ver se chegam a fim do impasse.
O comando de greve das duas categorias se reuniu na manhã desta sexta-feira (08) com o reitor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), professor Rangel Junior. A reunião, segunda em uma semana, foi realizada no gabinete do reitor no prédio da Administração Central no Campus I em Bodocongó.
A exemplo da semana passada, o reitor reafirmou que o orçamento previsto para a UEPB em 2013 não possibilita a Administração Central apresentar qualquer proposta de reajuste salarial. O orçamento de R$ 231,6 milhões, segundo ele, inviabiliza a concessão de qualquer reajuste.
Diante dos números postos na mesa de negociação, o reitor pediu as duas categorias, que eles reavaliem o momento de crise que a UEPB está atravessando. Disse ainda que está discutindo com o governo do Estado uma proposta para readequar o orçamento da instituição.
Pela primeira vez desde que o movimento começou, os dois sindicatos resolveram levar a discussão para o Palácio da Redenção. O SINTESP-PB sob a presidência de Severino dos Ramos decidiu inicialmente, convocar uma assembleia para a próxima terça ou quarta-feira e apresentar os dados com a atual realidade financeira da instituição.
O comando também aprovou um a proposta de elaboração de um documento para ser entregue ao governador mostrando que os recursos previstos para a UEPB são insuficientes para garantir os reajustes das categorias em greve. Eles também querem uma audiência com o governo do Estado. Como resultado dos avanços nas duas reuniões com o reitor, o sindicato também ficou de apresentar uma proposta de correção do Plano de Cargo e Carreira da categoria. O reitor Rangel Junior pediu a minuta do projeto e se comprometeu em colocar a proposta em análise na próxima reunião do Consuni.
A ADUEPB presidida por José Cristovão de Andrade, também decidiu levar a discussão para o govenador. O sindicalista Nelson Junior foi enfático em sua colocação, destacando que o governo não poderia ficar de fora desse debate. “Vamos colocar o governo na negociação sim. Queremos saber qual de fato o percentual de reajuste que pode ser oferecido”, afirmou Nelson Junior. Os docentes reivindicam reajuste salarial de 17,7%. Cerca de 20 mil alunos da UEPB estão prejudicados com a greve temem o atraso no período letivo por conta do movimento grevista iniciado no dia 21 de fevereiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário