A tão sonhada medalha olímpica da ginástica brasileira, que era esperada nos Jogos de Atenas com Daiane dos Santos e nos de Pequim com Diego Hypólito, finalmente foi obtida nesta segunda-feira por Arthur Zanetti, que obteve nota 15,900 e foi campeão nas argolas.
O brasileiro foi o último a se apresentar, sabendo então a nota que precisaria fazer para se apresentar. Seu principal concorrente, o chinês Yibing Chen, tinha a nota 15.800. Com uma exibição perfeita, Zanetti foi o atleta mais aplaudido pelo público. Ouro em Pequim, Chen ficou com a segunda colocação, e o bronze ficou com o italiano Matteo Morandi.
A alegria na North Greenwich Arena não foi a única do país em Londres nesta segunda. Na Arena Excel, os pugilistas brasileiros Adriana Araújo e Esquiva Falcão venceram suas lutas de quartas de final e se colocaram entre os quatro melhores de suas categorias. Como no boxe não há disputa pelo terceiro lugar, eles já garantiram pelo menos a medalha de bronze.
Adriana voltará ao ringue para brigar por uma vaga na final na próxima quarta-feira e enfrentará a russa Sofya Ochigava, cabeça de chave número 2, enquanto Esquiva terá pela frente na próxima sexta o britânico Anthony Ogogo.
No basquete, a seleção brasileira masculina bateu a Espanha em uma partida atípica, em que a equipe do técnico Rubén Magnano conseguiu uma grande virada no último quarto.
Assim, o Brasil foi o segundo colocado do grupo, encara a Argentina nas quartas de final, na próxima quarta-feira, e se vencer tem tudo para pegar os Estados Unidos nas semifinais. Os espanhóis, por sua vez, jogarão contra a França e cruzarão com os americanos apenas em uma possível decisão.
O clássico sul-americano também será disputado no vôlei, no mesmo dia. A equipe de Bernardinho bateu a Alemanha por 3 sets a 0, ficou em segundo lugar no grupo B e teve o confronto com a Argentina definida por sorteio.
Se nas quadras as notícias foram boas, na areia, nem tudo deu certo. Emanuel e Alison suaram e se classificaram para as semifinais do torneio de vôlei de praia ao derrotarem os os poloneses Mariusz Prudel e Grzegorz Fijalek e medirão forças com Martins Plavins e Janis Smedins, da Letônia, por uma vaga na final. Por outro lado, Ricardo e Pedro Cunha caíram diante dos alemães Julius Brink e Jonas Reckermann.
Com a melhor marca da carreira (19m02), Geisa Arcanjo foi a oitava colocada na final do arremesso de peso. O título ficou com a bielorussa Nadezhda Ostapchuk. Nos 200 metros rasos, Ana Claudia Silva fez o tempo de 23s40 e foi eliminada, mas Evelyn dos Santos marcou 23s07 e avançou na competição.
O público no Estádio Olímpico presenciou a queda de uma lenda e a volta por cima de um veterano. A russa Isinbayeva, recordista mundial do salto com vara e que tentava o tricampeonato olímpico, falhou ao tentar superar a marca de 4m80 e foi bronze. O ouro foi para a americana Jennifer Suhr, e a prata, para a cubana Yarisley Silva.
Nos 400 metros com barreiras, o dominicano Félix Sánchez, de 35 anos, foi bicampeão ao conseguir o tempo de 47s63. Ouro também em Atenas 2004, ele vem lutando contra as lesões há pelo menos oito anos.
''Super Sánchez'' chegou a Pequim para os Jogos de 2008 lesionado e abalado pela morte da avó, que o tratou como filho durante toda a vida, e por isso foi eliminado logo na primeira fase. Hoje, após a vitória, o velocista tirou uma imagem dela do uniforme e, chorando muito, a colocou no chão e fez uma reverência.
César Castro, dos saltos ornamentais, se classificou para as semifinais no trampolim de 3 metros com a 14ª posição das eliminatórias. No hipismo, o Brasil ficou em oitavo lugar por equipes, mas Rodrigo Pessoa e Álvaro Affonso de Miranda, o Doda, continuam na disputa individual.
Algoz do Brasil nas quartas de final, a seleção japonesa de futebol feminino derrotou a França por 2 a 1 e disputará a decisão contra os Estados Unidos, que precisou da prorrogação para fazer 4 a 3 no Canadá. A partida que valerá o ouro será uma reedição do Mundial de 2011, em que as asiáticas levaram a melhor na disputa de pênaltis.
Encerrado o décimo dia de finais em Londres, a China se mantém à frente no quadro de medalhas, com 31 ouros, dois mais que os EUA. A Grã-Bretanha se consolidou na terceira posição, com 18, enquanto a delegação brasileira está em 22º lugar, com dois ouros, uma prata e cinco bronzes.
EFE
Nenhum comentário:
Postar um comentário