Do Paraíba Hoje
A greve iniciada pelos professores da rede estadual de ensino, começada há 10 dias atrás, teve mais um capítulo na tarde de ontem. Após assembléia na sede do Sindicado dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Educação do Estado da Paraíba (Sintep-PB), os professores decidiram permanecer em greve. Para demonstrar a indignação com a falta de interesse do governo em negociar, a classe realizou um protesto em frente ao Palácio da Redenção. A intenção era conseguir uma audiência com o governador do estado para fazer valer a reivindicação de equiparação do salário dos professores do estado com o piso nacional.
Os líderes do grupo grevista conseguiram entrar no Palácio e conversar com o secretário do governo, Walter Aguiar. Ficou garantido pelo secretário que uma audiência com o governador do estado será marcada para a próxima semana.
O diretor de comunicação do Sintep-PB, Edvaldo Faustino da Costa, informou que os professores não vão ceder as intimidações do estado e que a greve continua por tempo indeterminado. “Esse ato público demonstra que a greve continua e que não iremos recuar diante de intimidações do governo, como o corte no ponto dos professores que aderiram a greve. Estamos firmes e fortes”, afirmou Edvaldo.
A greve iniciada no dia 30 de abril, vem ganhando mais adeptos nas regionais de ensino pelo interior do estado. Na 12ª Gerência Regional de Ensino, situada no município de Itabaiana, a 80 km de João Pessoa, cerca de 80% dos professores aderiram a greve, conforme informou Margarida Maria Silveira Gomes, gerente da 12º Região de Ensino da Paraíba.
Os professores do estado exigem a equiparação do salário com o piso nacional, atualmente fixado em R$ 1.187 para 40 horas semanais. Esta medida teria um impacto equivalente a 13,73% de aumento no vencimento dos profissionais da educação da Paraíba. A greve deixou sem aulas cerca de 400 mil alunos em toda rede estadual de ensino.
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